Quinze

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Me olhava no espelho de um modo que não acreditava no que havia acontecido. Havia sido bom. Até demais. E esse pensamento me fazia revirar os olhos e querer sair correndo dali. Eu estava passando totalmente por cima de todos meus princípios e não iria aceitar tudo aquilo por muito tempo. Havia sido um erro horrível. Mas acho que nem com esse pensamento eu parava de sorrir.

Prendi bem meu cabelo, passei uma água no rosto e voltei ao quarto.

Ele continuava adormecido e eu não seria louca de acordá-lo. Com o vestido ainda enrolado no corpo me ajoelhei no chão à procura da minha calcinha, mas não estava lá. Olhei por todo o chão e nada.

Dormia em paz, com um sorriso no rosto que eu nunca havia visto antes e me fez pensar que talvez ele estivesse sonhando com algo bom. Olhei bem seu corpo parte coberto pelo lençol branco, seus cabelos bagunçados e sua boca desejável.

Em sua mão estava a minha calcinha o que fez eu me questionar se eu realmente precisava dela.

Quero dizer, eu poderia descer sem.

Com várias pessoas na sacada.

É... Seria um pouco constrangedor.

Me coloquei de joelhos na cama, com uma mão eu segurava o pano do vestido e com a outra me aproximava da sua mão. Ele tinha punhos firmes e agarrava aquele pequeno pano como se fosse a única coisa que o restasse. Mas eu não fui nada doce na hora de pegá-la de volta, puxei de uma vez, pois acreditava que assim ele não notaria muito.

Ele se mexeu, mas não abriu os olhos e eu comemorei com um sorriso.

De pé deixei o vestido cair no chão e rapidamente coloquei minha calcinha. Aproveitei e peguei o meu salto que estava no ladinho da cama.

— Que visão maravilhosa. —ele murmura com voz de sono.

Eu estava de bunda para cima e aquilo não deveria ser, mas foi constrangedor.

Peguei rápido meu vestido do chão e me cobri novamente com ele.

Fiquei o encarando com a cara completamente vermelha.

— Já vai?

Bem, se não eu. Seria você.

Entrei no banheiro rápido, coloquei o vestido rápido e suspirei ao sair quase correndo do quarto, sem ao menos olhar no seu rosto, até porque o cretino sabia como deixar uma mulher pegando fogo e era tudo que eu não queria.

— Lexis! —Amanda aparece do nada no fim da escada e eu fico branca na hora. — Eu já estava indo procurar você! —desço aos poucos com um sorriso tentando disfarçar o meu nervoso, mas o sorriso não era nada natural. — Onde você estava?

— E-eu... Fui no banheiro.

— Mas tem banheiro aqui em baixo, fomos nele à algumas horas. —fala intrigada.

— Eu sei, mas fiquei meio perdida e acabei indo no de lá de cima.

Ela me olha estranho.

Por mais que Amanda fosse minha melhor amiga aquele não seria o momento que eu abriria a boca para falar sobre aquilo, estava envergonhada, confusa, até porque eu sempre fui a que mantinha um pé atrás com o Sebastian e fazia questão de falar mal dele e agora... Eu havia dormido com ele.

— Prometemos que faríamos a contagem juntas! —ela me olha triste. — Não me diga que passou esse tempo todo no banheiro. —cruza os braços.

A Conveniência do CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora