Treze

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People Magazine, como posso ajudar?

— E-eu... Quero falar com a Tricy Campbell. —minha voz parecia mais um chiado.

A pessoa parece rir do outro lado da linha — Você não é a primeira hoje, deve ser a quinta, na verdade.

Fico calada, até porque não entendo.

— Olha,se for para fazer alguma reclamação sobre o conteúdo ou como ela está detonando o seu ídolo, mande uma e-mail para a Lindsay, ela irá responder, já que se comunicar com a Tricy é impossível.

— Não é nada disso eu...

— Querida, eu tenho o que fazer. —a pessoa do outro lado é totalmente grossa.

Então eu meio que desisto da voz doce e parto para o ataque, já que não conseguiria nada além de um e-mail respondido pela Lindsay.

— Aqui é a Alexssandra Harris. —cuspo o sobrenome. — E eu preciso urgentemente falar com ela, preciso ser mais clara? —falo até com um pingo de raiva.

A pessoa do outro lado se cala.

E eu já estava pronta para pedir desculpas por ter sido rude, até que:

Tricy Campbell, falando.

Eu gelo.

Havia tanta coisa que eu adoraria dizer para aquela mulher, mas acredito que deveria manter meu nível.

A mesma que havia "detonado"comigo durante anos estava bem do outro lado da linha e havia apenas uma coisa que me segurava no lugar: minha curiosidade.

— Alexssandra Harris... —ela saboreia o nome. — Que prazer...

Fechei meus olhos e respirei fundo.

Não vou xingá-la.

Não vou xingá-la.

Eu não sabia nem como começar aquela conversa, mas bem... Eu devia.

— Não posso dizer o mesmo.

Ela ri, uma gargalhada alta.

— Oh querida...

— Eu vou ser direta. —a corto.

— Ótimo.

— Preciso de informações.

— Assim como eu.

Eu paro.

— Não entendi...

—Bem, você ligou para mim. Pedindo informações... Por mais que eu não faça ideia do que quer saber, levando em consideração que sei os podres de todos dessa cidade e nem todas as fofocas eu possa publicar, com certeza estarei pedindo algo em troca. —ela parece sorrir do outro lado. — Então, quem você quer ferrar?

Tricy Campbell não era nova no que fazia, e sim, ela sabia os podres de muitos da cidade, mas não de todos. Sempre estava por dentro de todas as "fofocas" e mesmo não sendo a dona da revista era como se fosse, publicava o que queria sem se importar com nada, não era de hoje.

— Não quero ferrar ninguém.

— Oh, doce Alexssandra. Como vai o Diego? —a nojenta fala irônica.

Acho que nunca tive tanta vontade de puxar os cabelos de alguém.

— Ninguém. Além de você. —sou agressiva.

— Vai chamar seu "esposinho" novamente? Não consegue se defender sozinha?

Eu estava ficando vermelha de raiva.

A Conveniência do CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora