A Conveniência do Casamento

Vinte e Um

Olá amores! Uma surpresinha para vocês hoje!

O capítulo não está completo porque ainda não terminei e já que ficou bem grande decidi dividir e postar em duas partes. Sei o quanto vocês querem capítulo novo, então aqui está! Assim que terminar completamente, estarei postando a segunda parte (não vai demorar).

***

Procurei não me preocupar, apenas ficar calma e colocar na minha cabeça que estávamos bem e que nada iria acontecer, mas era difícil não pensar naquilo tudo. Lembro bem do rosto daquela mulher, em momento algum ela me pareceu uma ameaça. Mas acabava me perguntando: o que uma mulher não faria para ter um homem de volta?

Mesmo que ele não quisesse dizer, eu sabia que essa era a causa daquilo tudo.

Por quantas noites eu tive que ficar vendo ele com aquelas mulheres, vendo o modo que elas o olhava e pensando: "como elas podem olhá-lo com tanta admiração quando ele nem é isso tudo?" Mas eu estava errada, ele era tudo aquilo e um pouco mais. Consigo talvez entendê-la, entender a sua vontade de ter novamente o que já foi seu, mas isso não justificava agir de tal forma.

Por outro lado foi ela que o deixou, devia seguir em frente do mesmo modo que ele fez, mas talvez esse seja o problema, ela não queria que ele seguisse em frente e a procurasse.

Mas era difícil entendê-la quando eu nem a conhecia.

Os dias se passaram lentamente e não havia um único momento em que eu não olhasse para os lados procurando o rosto fino, o nariz empinado e os cabelos castanhos que eram a Miranda. No fim do dia eu parecia uma louca, procurando a pessoa que esperava não ver.

O hotel era afastado de tudo, mas eu não sabia se aquilo facilitava ou dificultava a ação de alguém que gostaria de nos encontrar. Mas de modo algum ficávamos estocados dentro do quarto, Sebastian sempre arrumava o que fazer na cidade bonita, porque sempre havia o que fazer.

Amanda e Richard não sabiam muito, só que haviam alguns problemas e alguém "parecia" estar nos seguindo, não sabiam quem era e nem porquê, mas nem se importaram, seguiram os passos ditados por Sebastian para "Uma Ótima Estadia no Rio": nada de celulares ou fotos, sair sempre com algum segurança e procurar não chamar atenção. Mas as dicas pareciam não fazer diferença alguma para eles que estavam se dando super bem.

Ela não percebeu quando abri a porta do quarto para dar aquela última checada e acabei à vendo entrar no quarto do Richard, foi difícil não sorrir quando tudo parecia tão confuso e perigoso.

Sebastian assistia televisão quando passei com um grande sorriso no rosto indo em direção ao quarto. Por mais que o hotel fosse afastado de tudo e de todos o lugar era lindo, mas não luxuoso como eu sabia que seria o hotel caso Sebastian tivesse opções. Fazia eu me sentir na minha casa, onde tudo era meio pequeno e confortável.

Sentei na cama puxando o celular do Sebastian da cabeceira, observei bem a foto do plano de fundo, éramos nós dois na festa de alguns dias atrás, sorrindo como se nada fosse acontecer, pelo menos se eu soubesse que teria que fugir de uma louca não sorriria daquela maneira. Mas havíamos aguentado os últimos dias, então estaríamos bem até voltarmos para casa.

Acho que para algumas pessoas, seria empolgante algum tipo de adrenalina na vida, correr do inesperado e se esconder em lugares inusitados, pelo menos acredito que para mim, seria aquele tipo de experiência que você nunca esperava ter, mas acabaria tendo e não querendo reclamar. Naquele momento não era o caso, não era mais sobre mim ou Sebastian, era sobre nossa filha e aquilo nos deixava à flor da pele.