Pandemônio

38 - Serpente do diabo

- Senhor? Não seria melhor sairmos agora? – Buck estava realmente com medo. A expressão de fúria no rosto de Azazel era atormentadora.

O mensageiro do diabo sorriu. – Acha mesmo que temos escolha? Entenda meu servo, se voltarmos sem o nefilin seremos demônios mortos.

O demônio de terno marrom estremeceu. – Isso não é justo...

A voz baixa de Buck foi cortada por um grito ensurdecedor solto por Azazel. – Samael! Serpente do inferno. Desça para morrer!

O demônio sorriu. – Ora Azazel, se você quer acabar comigo. Venha aqui.

- É melhor atacarmos juntos Azazel...

- Me encontre lá em cima garoto. – Disse o caído interrompendo Daniel.

O antigo caçador deu um salto de mais de cinco metros e caiu de frente para os dois demônios.

- Merda! – Bravejou Daniel, correndo e arrombando a porta do prédio para chegar até o terraço.

Buck foi com tudo para cima de Azazel tentando acertar um soco em seu rosto o anjo desviou pegando o braço do oponente girando-o e terminando com uma chave de braço. O demônio se debateu mais não conseguia se soltar.

- Sente o que ela sentiu? – Gritou Azazel no ouvido do monstro, em seguida olhou na direção de Samael para testar sua reação.

O demônio careca que vestia apenas um manto preto apenas sorriu e fez um gesto para que Azazel prosseguisse.

- Me..Mestre. – Tentou falar o demônio sem ar.

- Eu lhe falei que era furada trabalhar com esse cara. – Sussurrou o antigo caçador nos ouvidos de seu refém.

Nesse momento Daniel apareceu de maneira apressada arrombando a porta que dava direto para o terraço.

- Eu só preciso de você mesmo. – Disse Samael virando o pescoço de maneira horripilante.

O demônio mensageiro esticou o braço até Daniel, que estava a um metro do seu oponente. O nefilin desviou por pouco e puxou sua adaga cortando o braço do seu agressor.

Nesse momento Azazel puxou sua bereta e disparou direto na garganta de Buck e o soltou. O demônio se debateu e virou cinzas em segundos.

Azazel não se conteve e atirou três vezes contra o corpo de Samael, o primeiro acertou o ombro, o segundo o olho direito, e por fim o terceiro projetil pegou diretamente no abdômen do monstro.

Samael soltou um berro, que parecia mais um porco gritando de dor.

- Acabou Samael. Você perdeu. – Afirmou Daniel guardando sua adaga.

O demônio caiu de quatro no chão e ficou vomitando sangue enquanto tentava dizer algo. – E... Eu, nunca fui um dos melhores... Sempre vivi me esgueirando pelos pilares do inferno.

- Cale a boca seu merda! – Azazel caminhou em direção do moribundo carregando sua bereta. Ele acabaria com aquilo, naquele momento.

- Então eu entendi que eu não deveria tentar ser o melhor.... Eu tinha que provar isso ao meu mestre.

- você não tem mais um. – O caído colocou a arma na cabeça do demônio

Antes de atirar Azazel reparou que a pele de Samael parecia estar descascando, como se estivesse soltando.

Do nada o demônio soltou uma risada que mais parecia um grito e pulou para cima de Azazel. O monstro segurou oponente pelos braços e pressionou seu corpo contra o chão.