Prólogo

621 17 4
                                    

Miguel estava observando a paisagem que tinha a sua frente, seus lindos cabelos vermelhos que caiam ate a nuca estavam esvoaçantes por causa do vento que percorria por todo Éden. "como é lindo a criação". O príncipe celeste estava na ultima sala do castelo das luzes, o lugar mais alto de todo o céu.

O paraíso era um local dividido em basicamente duas dimensões, a primeira era o paraíso das almas humanas, local onde cada ser que tem uma alma e se arrependeu de seus pecados em fase carnal poderá habitar e ali viveria para todo o sempre todos os seus momentos felizes na Terra. O segundo paraíso, também chamado de Éden pelos anjos, e o local onde vivem todos os seres alados.

Era para todo o Éden que os olhos do arcanjo Miguel estavam voltados, ali ele podia ver os portões sagrados de Jeová, a única forma conhecida de se adentrar ao grandioso paraíso, passando pelos milhares de castelos, montes e montanhas habitados pelos seres celestiais até a prisão de Geneha, local onde todos os inimigos de Deus que não eram condenados nem a morte nem ao inferno iriam parar.

Miguel despertou de seus devaneios e saiu da sacada do cômodo que estava "parece que tudo ira mudar de novo". O arcanjo balançou suas asas e der repente estava sentado em seu trono dourado em três andares abaixo da sala observatório que estava antes

O arcanjo olhou em volta e viu como era magnífica a sua sala, as paredes eram todas feitas de prata pura sem nenhuma decoração, apenas a parede atrás de seu trono de ouro era diferente, era enfeitada com armas das mais diferentes espécies desde espadas a lanças. O teto era uma pintura de uma fênix cercada de anjos ajoelhados, feita a mão pelos serafins mais talentosos do paraíso.

- Euzukiel – pronunciou o arcanjo

Em instantes se materializou na sala um ser com duas asas brancas e que tinha 1.60m, seus olhos eram castanhos claros assim como seu cabelo

- me chamou meu príncipe? – a expressão do anjo era de surpresa

- sim, preciso que reúna os arcanjos para min – o tom na voz de Miguel era severo

O corpo de Euzukiel começou a tremer sobre a túnica de seda branca que estava vestido – meu arcanjo devo dizer a eles o assunto que será posto em questão?

- não, apenas diga que eles devem estar na montanha das arvores gêmeas amanha antes do primeiro raio de sol celeste

- sim meu arcanjo – o anjo virou as costas e saiu da sala pela porta de ouro principal da sala.

Miguel respirou fundo e fechou os olhos "sinto saudades de todos que um dia viveram aqui comigo". O arcanjo estava pensando em um tempo muito remoto, a muitas eras atrás, quando todos os seis arcanjos viviam em paz no castelo das luzes. Agora só havia ele ali, com a queda de seu mais amado irmão, lúcifer, tudo desmoronou. "por que me abandonou pai? O que lhe fiz de tão grave meu amado Deus?". Uma lagrima escorregou dos olhos do príncipe. "humanos, esse e o motivo, eles o apunhalaram no peito, e agora eu e quem sofro em solidão, pois o preço que eles pagaram será bem maior, eles sofreram como eu sofri, eles sentiram na pele toda a minha dor, eu levarei o apocalipse ate esses seres de barro"

PandemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora