Daniel despertou apreensivo no sofá da sala de Azazel, e para sua surpresa o anjo caído já estava de pé e tomando uma dose de conhaque.
- Acordou cedo. - Daniel levantou ainda meio tonto de sono.
Azazel saiu de perto da janela e se virou. - Nem mesmo consegui dormi. Fique a noite toda pensando sobre esse tal de Balthazar.
Daniel foi até o banheiro. - Não sabia que anjos desconhecidos faziam seus estilo. - Gritou Daniel, sorrindo.
Balthazar pegou mais uma dose de conhaque. - Você já pensou no que Deus fez antes de criar a humanidade ou os anjos?
Daniel voltou a sala. - A Terra, talvez?
- Talvez... - Azazel jogou a palavra ao ar.
- Por que não perguntamos para ele? - Daniel se sentou.
...
Duas horas mais tarde Daniel e Azazel estavam dentro de um galpão abandonado no porto de Nova York.
- Acha que vai da certo? - Perguntou Daniel.
- Se ele for um anjo, ele vai aparecer. - Respondeu Azazel colocando uma bacia de ferro grande no chão e enchendo com uma especie de óleo.
- Isso é meio assustador. - Daniel pegou sua adaga.
Azazel retirou dos bolsos um liquido preto e despejou na bacia, junto com um pó amarelo e uma lasca da sua pele, que ele cortou na hora.
- KAMURRA! BALILLA! MURITANAVA! - Bradava o Caído. - LHE CHAMO EM MINHA PRESENÇA, BALTHAZAR! FILHO DE DEUS!
No mesmo segundo a bacia pegou fogo e se espatifou em vários pedaços. O chão começou a tremer e a parede do lado esquerdo rachou de cima a abaixo.
Daniel sentiu um frio subir na sua espinha. - Azazel?
Então tudo voltou a ficar em silencio, como se nada tivesse acontecido.
- Não funcionou? - Daniel guardou a adaga.
Azazel respirou fundo. - Meu Deus, esse feitiço traria até um Arcanjo para cá...
- Eu não sou um Arcanjo.
Os dois seres se viraram juntos e avistaram um velho que parecia ter uns oitenta anos. Trajava uma longa túnica branca que brilhava de uma maneira suave. Era alto, cabelos e uma longa barba branca e olhos azuis, além de um nariz arrebitado.
Daniel estava visualmente surpreso. O ser na sua frente era um velho alto, magro e exentrico. ele não poderia acreditar que sua mãe se relacionou com aquilo.
- Balthazar? - Azazel se recuperou do choque.
O velho sorriu e mostrou um lindos dentes brancos. - Meus Deus! Fazia anos que eu não escutava meu nome. É um prazer conhece-lo Azazel. - O velho olhou para Daniel e seus olhos se emocionaram. - E é muito bom finalmente ver o seu rosto, meu amado filho.
O rosto de Daniel não demonstrava nenhuma emoção. Era como se apenas o corpo do nefilin estivesse presente.
- Meu filho? - Balthazar deu dois passos para frente.
Daniel recuou e Azazel puxou sua bereta.
- É melhor você ficar afastado. - Disse o caído apontando a arma.
- Em momento algum eu me mostrei hostil. Por que apontas essas munições de oricalco para mim?
- Desculpe cara. Mas não nos conhecemos, e não estamos em uma era muito boa para se confiar nas pessoas.
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Pandemônio
General FictionDaniel é um nefilin no meio de uma guerra entre o céu e o inferno. Em meio ao apocalipse Daniel terá de enfrentar grandes desafios para encontrar resposta do seu passado e parar a guerra que pode levar a humanidade a extinção. Mesclando diversas cul...