45 - O Desafio

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Daniel abriu os olhos e reconheceu o teto sujo do quarto de Azazel. Ele levantou da cama e andou até a sala.

- Finalmente! - Exclamou Balthazar, que estava sentado no sofá.

Daniel ainda se sentia meio tonto. - O que você fez comigo?

- Apenas, o coloquei para dormir. Talvez ainda esteja sentindo os efeitos do meu poder. - A voz do Sentinela era suave. - Logo estará melhor meu filho.

- Já pedi para que não me chame assim!

- Como está se sentindo? - Interrompeu Azazel saindo do banheiro.

- Melhor. Por que ele ainda está aqui ? - Daniel apontou para Balthazar.

O anjo caído respirou fundo. - Olha, eu sei que você têm seus problemas com ele, porém não podemos dispensar ajuda nesse momento. Você queria encontra-lo, e você encontrou. agora precisamos que você aprenda a lidar com isso.

- Podemos ganhar esse jogo? - Perguntou o nefilin se virando para o pai.

O velho sorriu. - Você pode. Tudo depende de você.

Os três ficaram em silêncio durante dois minutos.

- O que precisamos agora, é seguir um plano. - Prosseguiu Balthazar.

- Iremos formar um plano, quando encontrarmos Samandriel e os outros. - Retrucou Azazel.

- Não podemos esperar. Pelo que você me falou, a missão em que esse amigo anjo de vocês se meteu é muito arriscada, talvez ele não volte. - A voz do Sentinela agora estava mais séria. - Precisamos de mais poder de fogo.

- Tenho plena certeza que Samandriel vai voltar. - Respondeu Daniel. - Mas quanto ao poder de fogo, está falando de uma arma?

- Espadas angelicais podem fazer esse trabalho. Balas de Oricalco também são uma excelente saída. Acho que de poder de fogo estamos muito bem abastecidos. - Azazel levantou e foi até a cozinha.

- Quanto a isso não resta duvida. Mas precisasamos de algo que os Arcanjos temam. A chave de uma guerra é o medo que você pode excercer em seu inimigo. Precisamos de algo que assuste Lúcifer e Miguel. - Reforçou Balthazar.

- Concordo. - Falou Daniel.

- Conhaque? - Perguntou Azazel da cozinha e guardou a garrafa quando seus companheiros balançaram a cabeça em negativa.

- Alguma ideia Balthazar?

- Sim. Mas é muito arriscado...

- O que é? - Azazel retornou com um copo cheio.

O Sentinela abaixou a cabeça e passou as mãos na sua longa barba.

Um clima de suspense se estabeleceu no local.

- Talvez possamos encontrar a gema da escuridão!

- Santo Deus! - Exclamou Azazel, deixando seu copo cair no chão.

Daniel arregalou os olhos em surpresa a cena. - O que houve?

O ano caído ajoelhou sob o pé do sofa. - Não é uma lenda?

Balthazar pode sentir a respiração de Azazel em seu rosto. - Sempre foi uma verdade meu caro. A temida escuridão existiu.

- Afinal do que vocês estão falando? - Daniel parecia irritado. - Toda essa mitologia e historias esquecidas me deixam nervoso.

Balthazar achou graça do comentario e soltou um riso. - Acho que você têm razão, mas Deus é assim; cheio de segredos.

- Acho que a gema da escuridão é muito mais que um segredo. - Azazel parecia nervoso.

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