- Como você está Azazel? - Perguntou Daniel.
Os dois estavam andando pelo meio da rua.
- Apenas com alguns e arranhões e a perna esquerda machucada. - Respondeu ele. - E você?
- Acho que quebrei alguns dedos do pé direito, mas logo estará bom. Vamos voltar para o seu apartamento?
- Sim. Temos que encontrar seu pai. - A voz de Azazel era seca, como se estivesse com um grande mau humor.
- Azazel? - Daniel respirou fundo. - Karina, ela morreu...
- Cale a boca.
- A culpa não é sua.
Azazel se virou bruscamente. - Quem envolveu ela no meio dessa merda toda? Eu bati na porta dela e depois fui embora achando que tudo ocorreria bem. Eu fiz isso com ela garoto! - Gritou.
- Ela se sacrificou por nós, de alguma forma ela achou que valia a pena.
- Se sacrificar por uma dupla de idiotas e mesquinhos? Olhe para o seu umbigo garoto. Veja o que nós somos. Um anjo caído e uma aberração! Você acha realmente que valeu a pena ela se matar por nós dois?
- Não, eu não acho. - Daniel olhou fundo nos olhos do amigo. - porém Karina de alguma forma achou que valeira a pena, e eu não sei quanto a você, mas eu vou tentar honrar a esperança que aquela mulher despejou em mim.
Azazel ficou em silencio. No fundo ele sabia que Daniel estava certo. Aquela sensitiva se sacrificou para que eles pudessem fazer alguma coisa por aquele planeta, e ele também honraria aquilo.
- Você pode ficar se amargurando para sempre pela morte dela ou pode seguir em frente e foder os desgraçados que de certa forma nos obrigaram a estar onde estamos agora. - Daniel respirou fundo mais uma vez. - Então, como vai ser?
Azazel sorriu. - Acho que posso fazer dessa forma garoto.
- Que cena linda! Duas aberrações dividindo um momento tão lindo de ternura. - Disse o Arcanjo Rafael, enquanto pousava de maneira graciosa.
Azazel e Daniel olharam surpresos.
- Quem é você? - Perguntou o nefilin pegando sua adaga.
- Sou o Arcanjo Rafael, seu imundo!
Azazel soltou uma risada falsa. - Sempre de nariz em pé, não é Rafael?
-Azazel... Por um lado estou feliz em saber que você está vivo, pois assim, eu mesmo poderei te destruir.
- Podemos bater de frente com esse? - Sussurrou Daniel.
- Tá de sacanagem? É um Arcanjo, ele vai acabar com a gente. - Azazel respondeu baixinho.
- Exatamente! - A voz do Arcanjo era suave. - Primeiro irei Matar Azazel, depois levarei você Daniel até o meu querido irmão, e ela ira destroça-lo.
- Sabe mocinho. - Debochou Daniel. - Não tenho intenção nenhuma de ir com você em lugar algum. Então por que não vem tentar a sorte.
- Péssima escolha de palavras. - Disse Azazel. - O objetivo aqui é não morrer garoto. - Azazel soltou um riso amedrontado.
- Escute seu amigo, nefilin idiota. Você acha que só por que está usando a adaga de Metatron ira sobreviver a isso?
- Você chegou aqui todo pomposo. - Daniel apontou a sua adaga para o Arcanjo - Dizendo como vai me destruir e coisa assim, mas eu acho que no fundo toda essa pose é apenas insegurança.
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Pandemônio
Ficção GeralDaniel é um nefilin no meio de uma guerra entre o céu e o inferno. Em meio ao apocalipse Daniel terá de enfrentar grandes desafios para encontrar resposta do seu passado e parar a guerra que pode levar a humanidade a extinção. Mesclando diversas cul...