Lúcifer estava andando pelas ruas desertas e frias de Berlim, na Alemanha. O príncipe das tropas infernais vestia apenas sua tipica túnica preta de seda pura. Os cabelos loiros e brilhantes estavam soltos e caiam até as costas, e seu rosto suave carregava uma expressão pensativa.
A antiga estrela da manhã soltou um leve suspiro e flutuou até um prédio alto e amplo.
-Lembro quando isso aqui era tudo que eu havia sonhado para os seres humanos. Despejei tanta fé naquele alemão estupido, e no fim ele me decepcionou. Tudo por culpa de sua ambição, se ele mantivesse a calma ele teria tomado os dois territórios. Maldita raça burra! - Suspirou mais uma vez.
Ele fechou os olhos e suspirou pela terceira vez. - Apareça meu servo.
Então um ser corcunda e pequeno, de rosto quadrado e sorriso forçado apareceu. ele vestia apenas uma camisa verde muito grande para seu tamanho e de vez em quando suas grotescas partes intima ficavam a mostra.
- Mestre, peço permissão para falar.
Lúcifer ficou em silencio e apenas sacudiu a mão direita.
- Sua general, Bathel. Ela retornou de sua cruzada.
O diabo arregalou os olhos e se virou em instantes. - Tão rápido? Como isso é possível?
- Ela apenas disse que precisa...
Lúcifer revirou os olhos em sinal de impaciência e estalou os dedos. No mesmo segundo o demônio mensageiro havia desaparecido e Bathel estava ajoelhada a sua frente.
- O que houve general? - Perguntou Lúcifer trincando os dentes.
Ela levantou os olhos e abaixou no mesmo instante. - Miguel apareceu.
- Meu irmão?
- Exatamente... Ele fez isso comigo, meu senhor.
A mulher-demônio esticou os braços e mostrou apenas cotocos de seu braço em carne viva.
O diabo sorriu. - A espada de um Arcanjo...
- Ele usou o fogo sagrado, meu mestre.
Bathel escutou uma gargalhada vinda de seu príncipe.
- Meu irmão não está realmente para brincadeiras. Acho que devo levar a sério esse nosso confronto.
- Como assim? - Bathel levantou a cabeça.
- Não é nada que você precise saber minha pequena general incompetente. Eu deveria ter enviado Lilith.
- Ela o trairia na primeira oportunidade. - Cuspiu Bathel.
Lúcifer sorriu. - A questão Bathel, é que preciso do nefilin, enquanto e não tiver aquele bastardo nas minhas mãos, lutar essa guerra será perda de tempo.
- Então por que continua mandando seus soldados e seus cavaleiros para o campo de batalha? Eles estão morrendo, meu Senhor.
- O motivo é simples. Eu preciso que a humanidade sofra. A cada batalha travada nesse planeta imundo, muitos humanos morrem.
- Entendo. Então me deixe ir atras do nefilin, prometo que o trarei a você.
Em um rápido movimento o Diabo agarrou Bathel pelo pescoço e a tirou do chão. - Você fracassou, minha querida. Sabe qual deve ser a sua punição...
- Mas eu pensei...
- Não fale nada minha pequena. Você irá sofrer para sempre nas chamas flamejantes do inferno.
- Por favor...
Lúcifer estalou os dedos e dois demônios com formas de rinocerontes bípedes apareceram.
- Levem-na. - Ordenou Lúcifer jogando a mulher-demônio no chão. - Ela queimará eternamente.
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Pandemônio
Narrativa generaleDaniel é um nefilin no meio de uma guerra entre o céu e o inferno. Em meio ao apocalipse Daniel terá de enfrentar grandes desafios para encontrar resposta do seu passado e parar a guerra que pode levar a humanidade a extinção. Mesclando diversas cul...