— Pronto, agora é só achar o número da casa. – Alice falou sozinha assim que o GPS a avisou de que tinha chegado na rua que Matthew morava. Era um local nobre, cheio de casas bonitas, muito similar ao que ela morava antes de se mudar. — Aqui. Pronto. – Disse e respirou fundo olhando para a casa em seguida. — Ok. Vamos lá, não pode ser tão ruim assim. – Falou saindo do carro e ajeitando a bolsa no ombro, quase já arrependida por ter aceitado as aulas.
Apertou a campainha e esperou alguém vir atendê-la, isso não demorou muito a acontecer, logo fora levada para dentro da mansão dos Schneider.
— Pode esperar aqui, senhorita... – a governanta disse e deixou a frase morrer como se sugerisse para ela lhe dizer o nome.
— Benson. – Respondeu e sorriu. A outra assentiu.
Alice logo ouviu passos rápidos nas escadas e descia pulando degraus. — Joana, se uma moça... – Matthew chamou, mas parou ao ver Alice já sentada no sofá. Ele estava de tênis, calça, sem camisa e os cabelos ainda molhados o que significava que ele acabara de sair do banho. — Nada não... Ela já chegou. – Explicou e a mulher sorriu saindo do local. — Oi, Benson. – Ela se pôs de pé e ele andou até ela se encurvando um pouquinho para lhe dar um beijo na bochecha em forma de cumprimento. Tal atitude deixou Alice um tanto confusa. Ele seria legal só porque estavam fora do colégio?
— Oi, Schneider. – Respondeu e ele logo se virou para as escadas novamente.
— Você não vem? – Chamou quando chegou ao primeiro degrau, ela andou seguindo-o escada a cima.
— Levanta essa calça. – Pediu quando chegaram ao meio da escada.
— Ninguém está te obrigando a olhar para minha cueca. – Falou e a moça bufou.
— E você acha que eu estou olhando por querer? – Ironizou.
— Será que você consegue não implicar comigo um pouco? – Disse assim que entrou em seu quarto.
— Se você não der motivos, talvez. – Retrucou e ele girou os olhos azuis.
— Senta aí. – Falou apontando para os lugares disponíveis para sentar. Ela sentou-se na beirada da cama devagar, ainda olhando em volta.
Ele abriu o guarda roupa para pegar uma camisa qualquer enquanto ela observava o quarto do rapaz. Tinha paredes verdes claro, um tom meio neutro, era perfeitamente organizado e tinha livros em prateleiras, a maioria sobre música, mas mesmo assim ele tinha um belo de um acervo, Alice poderia apostar que ele não lera a maioria deles. Em um canto, encostado na parede e apoiado no chão estavam um violão preto e uma guitarra branca. — Você toca? – Ela perguntou instantaneamente quando viu os instrumentos.
— Sim. – Respondeu assim que sentou na cama ao lado da moça. — Toco bateria também, mas está lá em baixo. Meus pais não aguentavam mais me ouvir tocando aqui dentro, então acharam melhor fazer uma sala acústica, assim eles não ouvem nada. – Explicou se jogando para trás. Ela riu. — E você? Toca alguma coisa? – Perguntou.
— Só violão. – Disse. — Mas faz tempo que eu não toco. – Explicou e deu ombros. — Vamos começar. – Pediu pondo-se de pé. Ele resmungou. — Vamos logo, Schneider!
— Me ajuda a levantar então. – Falou esticando os braços. Ela girou os olhos e pegou nas mãos dele o puxando em sua direção. — O que acontece se eu te soltar? – Brincou enquanto ela o puxava.
— Eu vou bater a cabeça na quina da porta e morrer, aí você vai ter que pagar indenização para meus quatro irmãos pelo resto da sua vida. – Respondeu e ele riu assim que se levantou.
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What?
Romance"A história conta sobre Alice Benson, uma mulher de vinte e quatro anos, pavio curto, culta e bem decidida que teve sua vida completamente mudada após tudo dar um giro de trezentos e sessenta graus. As coisas começam a tomar rumos que ela não imagin...