Capítulo 24 - Pratos limpos (Parte 2)

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Assim que Fred terminou na cozinha, Alice o esperava na porta. — Vamos. – Chamou-o ansiosa e ele assentiu pegando o celular e a chave do carro em cima da mesa.

O caminho foi um tanto silencioso, exceto por algumas piadinhas de Alice e algumas provocações da parte de Fred a respeito de Matthew. Não demorou muito para chegarem ao destino que ficava no centro da cidade, eles nunca tinham ido lá. Era um prédio de quatro andares de cor cinza com as janelas brancas, a porta de entrada era de vidro e bem cuidada, na frente havia uma escada com quatro degraus.

— Precisamos falar com a Serena, por favor. – Alice pediu para a recepcionista simpática que assentiu sorrindo antes de dar uma olhada nada discreta para Fred.

— Por favor, me digam os nomes e qual é o caso. – Falou pegando um papel para anotar.

— É o caso de Lavínia, Mary e Bernardo Benson. Sou Alice Benson. – A mais velha tomou a frente falando um tanto rápido, estava nervosa com aquele assunto há tempos, e a paciência da recepcionista a deixava mais nervosa ainda. Parecia até que a lerdeza era proposital.

— Fred Benson. – O rapaz disse pouco simpático percebendo as olhadas da moça. Ela anotou e pegou o telefone discando um ramal de quatro dígitos.

— Sra. Serena, estou com Alice e Fred Benson aqui na recepção. – Avisou e a mulher do outro lado da linha pareceu não saber quem era, pois, a loira da recepção franziu o cenho. — Eles só falaram que precisavam falar com a senhora, é referente ao caso do Bernardo, da Mary e da Lavínia Benson. – Continuou explicando. — Tudo bem, eu aviso. – Concluiu e então olhou para os dois que estavam em sua frente. — Sala doze. Por favor, devolvam esses cartões na saída. – Pediu entregando dois cartões. Eles pegaram os mesmos e foram até a sala indicada.

Fred bateu duas vezes na porta antes de virar-se para Alice e sussurrar. — Sei que você está nervosa, eu também estou, mas seja coerente e haja com simpatia, quanto mais a gente demonstrar rispidez, mais eles vão dificultar. – Concluiu quando a porta se abriu mostrando a mesma moça que estivera na casa deles fazendo a entrevista.

— Já esperava que vocês viriam, por favor, entrem. – Falou dando passagem para o casal de irmãos entrar na sala e sentando nas duas cadeiras em frente à mesa dela. — E então, qual o problema? – Perguntou assim que se sentou olhando para os dois.

Alice soltou um pequeno muxoxo como quem diz "você ainda pergunta?", Fred a cutucou com o cotovelo. — Então, dona Serena, viemos pedir informações dos nossos irmãos. – O rapaz disse cordialmente antes da irmã. A mulher mais velha tinha um sorriso bondoso no rosto.

— Deixa eu só pegar a papelada aqui. – Avisou pegando alguns papeis do lado do computador e lendo rapidamente. — Bom, o que vocês realmente querem saber? – Perguntou e antes que Alice pudesse se manifestar de qualquer maneira, Fred tomou a frente.

— Onde eles estão e porque tiraram eles de nós. – Pontuou e ela umedeceu os lábios antes de começar a falar.

— A Lavínia está aqui conosco, no último andar onde ficam os casos temporários. E por que tiramos eles de vocês? Vocês não estão qualificados para isso, e não adianta nos dizerem o contrário, não estão e pronto! Não existe uma estrutura dentro da casa de vocês para criar duas crianças. – Então ela levantou a mão quando Fred fez menção de falar algo. — Queridos, eles estavam sozinhos em casa na noite em que fomos visitá-los para dar andamento ao processo. Desculpa, mas abandono é imperdoável. – Explicou e então Alice se pronunciou antes de Fred.

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