(...)
Alice chegara bem cedo no Landmark naquele dia, precisava adiantar algumas coisas já que as provas estavam chegando. Sentou-se sozinha em uma mesa na sala dos professores com os livros abertos e o seu habitual copo de café.
— Sozinha tão cedo? – Ouviu uma voz perto dela e levantou a cabeça para ver quem era. Era Aaron. Ela deu um pequeno meio sorriso.
— Sim. E eu gosto de ficar sozinha, se não se importa... – Comentou apontando sugestivamente para a porta. O rapaz riu antes de sentar.
— Ainda não superou isso, Alice? – Perguntou e ela fechou o livro com mais força do que devia e apoiou os cotovelos na mesa olhando para ele.
— Então você quer conversar sobre isso? Vamos lá então. – Ironizou empurrando o copo de café para o lado. — O que você quer aqui no Landmark?
— Bem... No começo, a ideia era ficar perto de você, isso não é segredo pra ninguém, por sorte surgiu esse projeto de expansão do colégio... E eu sou o engenheiro dessa obra, então amor, você ainda vai me ver muito por esses corredores. – Falou e Alice respirou fundo.
— Qual é! Existem milhares de obras aqui em Seattle. – Exclamou inconformada.
— Eu ainda quero ficar perto de você. – Confessou e ela riu de deboche.
— Por favor, cadê a Emily? – Perguntou cruzando os braços na frente do corpo.
— Teve que ir pra Austrália, mas volta hoje. – Explicou cruzando os braços também.
— Agora é a hora que você vai correndo para ela. – Rebateu e ele deu um meio sorriso irônico.
— Ela é uma garota, está longe de ser uma mulher que nem você. – Disse e ela ficou em silêncio, apenas o encarando. — Por falar em pirralhos, vejo que tem um se dando muito bem com você, não é? – Comentou e ela se mexeu desconfortavelmente na cadeira.
— São apenas aulas. – Defendeu-se prontamente e ele arqueou uma sobrancelha.
— Não estou te acusando. Se são apenas aulas ou não, só é melhor que vocês sejam discretos, alguém pode desconfiar e...
— Do que está falando, Aaron? – Perguntou desconfiada e ele deu ombros.
— São apenas dicas, não chegarem juntos ou coisa assim, você pode prejudicar o pirralho. – Sugeriu e ela girou os olhos pegando a bolsa e levantando-se.
— Não preciso de dicas, uma vez que não tenho nada a esconder. – Disse e virou para sair, mas por um momento pareceu lembrar-se de algo. — E não o chame de pirralho, ele é muito mais homem que você. – Então caminhou em direção à porta.
— Como quiser, amor. – Alice ouviu antes de bater à porta e sair pisando duro pelo corredor.
Foi até sua sala deixar suas coisas antes de dar uma volta pelo campus. Os alunos já estavam chegando e alguns cumprimentavam-na.
— Alice! – Ouviu uma voz feminina chama-la. Era Jennifer.
— Oi, Jen! Oi, Alex! – Cumprimentou-as encostando-se ao armário. — Precisam de alguma coisa? – Perguntou e elas assentiram.
— Queríamos saber se você pode ajudar a gente com uma ou duas aulas particulares. – Jennifer quis saber e Alice assentiu.
— Mas garotas, a prova é amanhã! – Exclamou e Alex deu ombros.
— Seria para a parte dois, vai ser dividida em duas partes, não vai? – Alex respondeu e Alice concordou.
— Sim, não dá tempo de fazer tudo de uma vez. Mas vocês se importam em ser no final da tarde na minha casa? Dou aulas para outro aluno a tarde e durante a noite preciso estar em casa por causa dos meus irmãos. – Explicou e as duas assentiram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
What?
Romance"A história conta sobre Alice Benson, uma mulher de vinte e quatro anos, pavio curto, culta e bem decidida que teve sua vida completamente mudada após tudo dar um giro de trezentos e sessenta graus. As coisas começam a tomar rumos que ela não imagin...