Capítulo 24 - Pratos limpos (Parte 1)

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Alice acordou e demorou a entender onde estava, era o quarto de Fred, mas não se lembrava de como tinha chegado lá. Ela se lembrava de ter desabafado com ele durante um bom tempo, e chorado por um maior ainda, em resultado disso, sua cabeça pesava toneladas quando acordou. Olhou para o lado e viu que o irmão dormia serenamente, concluiu então que ela dormira no sofá e ele a levara para a cama. Viu as horas no celular e notou que era bem cedo ainda, porém ela não tinha mais sono.

Ela levantou-se devagar para não acordar o irmão que ainda dormia, pegou o celular que tinha muitas mensagens e algumas ligações perdidas e foi para seu quarto se arrumar. Fez sua higiene matinal, prendeu os cabelos num rabo de cavalo alto e colocou uma roupa básica, jeans com uma regata preta, fazia muito tempo que não se vestia assim pela manhã, já que sempre ia trabalhar.

Desceu as escadas indo para a cozinha preparar o café da manhã, logo Fred e ela teriam que sair, já que tinham adiado mais uma vez a resolução do caso de seus irmãos. Enquanto esquentava a água para o café, ouviu a campainha ecoar, achou estranho de primeira, mas foi ver quem era.

Assim que abriu a porta, viu Matthew com cara aflita e de arrependido, logo que ela viu que era o garoto, fechou a porta na cara dele.

— Qual é, Alice! Vamos conversar, por favor. – Pediu com a voz sendo abafada pela porta, ela respirou fundo.

Depois de um tempo sem resposta, a moça abriu a porta com cara de poucos amigos para ele. — Pode falar. – Pediu encarando-o com os braços cruzados.

— Eu não queria fazer aquilo... – comentou e ela girou os olhos.

— Resposta errada. – Falou batendo a porta na cara dele novamente, não esperava que ele viria com uma resposta daquela, pensava que seria pelo menos um pedido de desculpas ou uma justificativa, não uma tentativa de se defender.

— Abre isso, Alice, por favor, me deixa explicar pelo menos. – Pediu outra vez e ela respirou fundo para tentar controlar raiva, choro e tudo mais o que estava sentindo. Então abriu a porta mais uma vez.

— Pode falar. – Permitiu e ele encostou de leve no braço dela para evitar que ela fechasse a porta novamente.

— Me desculpa. – Pediu e ela olhou para cima antes de voltar a olhar para ele. — É sério, Alice, eu fiquei cego de ciúmes e...

— Quem você pensa que é? Vem na minha casa, me humilha sem nem querer ouvir o que eu tenho a dizer e no outro dia aparece na minha porta com uma desculpa meia boca? – Perguntou inconformada e ele ponderou por um momento.

— Você falando assim parece bem pior. – Falou e ela bufou como se estivesse sem paciência com o rapaz. — É que... Eu recebi umas fotos suas com o Louis e então eu surtei! Não consegui assimilar a ideia de que você podia ser de outro! Você foi feita para mim! Não pode estar com outro. – Disse rapidamente se atropelando nas palavras.

— Espera, você disse que recebeu umas fotos? – Quis saber com as expressões confusas.

— Sim, mas não se preocupe, eu já resolvi. Foi a vadia da Stacy. – Explicou esperando que a garota abrisse um sorriso e lhe abraçasse, o que não aconteceu. — E desde então eu só penso em você e em como eu fui estúpido. Você não mereceu nenhuma palavra que eu lhe disse, eu só... Me desculpa. – Pediu com as expressões claramente arrependidas.

— E você preferiu acreditar no que viu ao invés de perguntar para mim. – Lembrou e ele suspirou.

— Eu sei, eu sei. – Afirmou bagunçando os cabelos. — Não foi nada maduro da minha parte.

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