Epílogo - Algumas coisas nunca mudam

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5 anos depois

— Matthew, para de correr! – Alice repreendeu e um homem de olhos azuis, topete bem feito e uma barba por fazer parou ao seu lado um pouco ofegante.

— É Matthew, para de correr! – Também mandou e a moça olhou para ele. — O que foi? – Perguntou olhando-a.

— Estava falando com você, e não com ele. – Disse referindo-se ao menino de pouco menos de dois anos. Matthew corria atrás do filho, que também era Matthew, antes de Alice chamar atenção dele. O garotinho tinha pernas curtas e grossas, era a fotocópia de Matthew, desde bebê já estava usando o topete nos cabelos negros que o pai fazia questão de fazer, alegando que Alice não sabia como fazê-lo. Os olhos eram tão azuis quanto os dos pais e era uma criança carismática, sempre sorria para todos e ia no colo de qualquer um que ele simpatizasse.

Então a mulher foi ajudar a sogra a terminar de pôr a mesa, eles estavam na casa de Robert e Denise para um almoço em família. Logo a porta foi aberta e um rapaz alto de aproximadamente dezessete anos entrou em casa de mão dada com uma moça loira com olhos amendoados.

— Fala, Frankie! – Matthew cumprimentou o irmão com um rápido abraço. — E aí, Anna! – Falou dando um beijo na bochecha da moça que sorriu para ele. — Deixa eu te apresentar, acho que você ainda não conhece a minha esposa. – Disse puxando Alice pela mão.

— Prazer, Anna! Sou a Alice. Frankie me fala muito de você. – Contou cumprimentando a moça que olhou apaixonadamente para o namorado antes de sorrir para a cunhada.

— Espero que seja bem. – Brincou e ela assentiu, então a campainha tocou assim que Frankie foi para sala com a namorada. Ele tinha uns traços muito parecidos com os de Matthew, porém o cabelo era jogado na testa um pouco mais claro que o do irmão, os olhos um pouco mais puxados para o verde do que azul e tinha algumas sardas espalhadas perto do nariz.

— E aí, mano. – Austin cumprimentou o primo com um rápido abraço, Lydia estava de mão dada com ele e abriu um sorriso quando viu Alice e Matthew.

— Oi, Ly! – Alice abraçou-a, as duas tinham virado grandes amigas, além de primas. Mesmo que isso tivera causado um pouco de ciúme em Carly, mas não demorou muito para que a loira também se unisse as duas.

— Acho que encontrei o Fred e a Carly, vi um carro parecido com o dele vindo para cá. – Austin contou e o casal assentiu. Todos eles tinham virado amigos, era como se Fred e Carly fossem Schneider também. A campainha tocou novamente. — Devem ser eles. – O britânico falou indo até a porta, outra coisa que ele também não perdera além do bom humor fora seu sotaque. — E aí, Fredelícia. – O rapaz cumprimentou o amigo. Era uma coisa engraçada, os três homens eram tão amigos que davam apelidos constrangedores um para o outro. Isso quando eles não se chamavam assim na frente de estranhos.

— E aí, Austoso. – Respondeu e o britânico fez cara de desentendido. — Junção de Austin e gostoso, ficou péssimo, eu sei. – Disse e então abraçou a irmã. — Tudo bem, Ali? – Perguntou e ela assentiu.

Carly entrou segurando um menino adormecido em seus braços, era Peter – nome em tributo ao pai de Alice e Fred –, o filho dela e do marido, tinha recém completado um ano.

— E como está esse meninão do tio? – Matt perguntou para Carly após cumprimentá-la com um beijo no rosto.

— Dormindo, finalmente! – Falou suspirando de alívio. — E o Matt, cadê? – Questionou sobre o sobrinho.

— Ah! – Alice tomou a frente do marido para responder. — O Matthew velho fez o favor de atiçar a vontade do Matthew bebê em correr e chutar bola, agora ele simplesmente não para de correr! – Ralhou e seu marido girou os olhos abraçando-a de lado.

— É que se depender dela, ela quer que meu filho comece a ler Hamblet. – Defendeu-se e ela olhou para ele confusa.

— É Hamlet, Matthew! – Corrigiu e ele deu ombros.

— Ai, quem se importa com isso? – Quis saber e ela abriu a boca para responder, mas ele abraçou-a fazendo-a ficar quieta. — Não, não quero discutir sobre Hamblet, Hamlet ou seja lá quem mais. – Falou e então a soltou dando um selinho nela em seguida.

— Cara, isso nunca vai mudar. – Carly disse rindo ao lado de Fred, Austin e Lydia. — Posso colocá-lo no sofá? – Perguntou para Matt que assentiu levando-a até a sala, mesmo que ela já conhecesse o caminho. — Pronto, livre! – Exclamou voltando com as mãos no bolso da calça. Estavam todos indo para a mesa.

Então Ethan entrou em casa sorridente. — Olá, família! – Chegou sentando-se ao lado de sua mãe em volta da enorme mesa em que todos estavam sentados. Ele era praticamente outra pessoa, mudara muito nos últimos tempos, especialmente depois que Claire veio a falecer há dois anos.

— Bom estarmos todos aqui juntos. – Denise falou olhando para todos, ela e Robert tinham mudado muito também, tentavam dia após dia serem pessoas melhores e estavam conseguindo em partes. — Cadê a Nina, Ethan? – Perguntou sentindo falta da noiva do rapaz.

— Viajando pela empresa, volta amanhã. – Contou e a mulher assentiu.

— Por favor, gostaria de um minuto da atenção de vocês. – Austin pediu ficando em pé. — Tenho uma coisa para falar. – Contou e todos viraram a atenção para ele. — Queria aproveitar que minha família está aqui para dizer uma coisa. – Falou e estendeu a mão para Lydia fazendo-a ficar em pé. Então segurou ambas as mãos dela. — Lydia, estamos juntos há cinco anos e você sabe que não sou bom com palavras, mas não tenho mais dúvidas de que você é a mulher da minha vida... Casa comigo? – Pediu e ela abriu a boca surpresa. — Eu não comprei o anel ainda, mas acho que vale mesmo assim. – Comentou com a mão atrás da nuca, encabulado.

— Eu... É claro que eu caso! – Exclamou beijando-o em seguida após um pequeno impulso para passar os braços na nuca dele. A família aplaudiu antes de os noivos sentarem novamente.

— Só não marquem próximo e nem no dia do meu. Ou a Nina mata vocês. – Comentou mexendo em sua aliança dourada no dedo anelar direito. Eles riram.

— Ufa, cara! Achei que você ia dizer que seria pai. – Fred comentou colocando suco no copo. Austin negou com a cabeça.

— Ei Fred, no dia que isso acontecer, o Austin morre. Ele dizia que não queria ser pai tão cedo. – Ethan comentou com o rapaz que riu. — E outra que não precisamos de mais um bebê na família por enquanto.

— Não, que isso. – Austin defendeu-se. — Eu não me importaria em ser pai. – Falou tomando um gole de suco.

— Que bom amor! – Lydia disse. — Porque eu estou grávida! – Terminou fazendo a família inteira a olhar no mesmo instante.

— O QUÊ? – Todos exclamaram exatamente no mesmo momento enquanto olhavam para a ruiva.

Agora sim... The end.

Ou não.

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