Capítulo 6

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27/11/17, Segunda-feira 15:47hs

       O celular de Jonas toca, tirando o meu foco do seu treino. Quando chegamos, há mais de uma hora e meia, ele me pediu para segurar e se caso alguém ligasse para atender e dizer que ele está treinando. Foi meio estranho afinal Jonas é um cara famoso. Imagina se algum amigo dele ligasse? O nome Nina Car acende na tela. Indecisa deslizo o dedo pelo celular e atendo.
       — Oi?
       — Quem está falando? — diz a voz feminina ao atender parecendo bem... irritada. E com um sotaque bem grande. Com certeza é alguma amiga de Portugal do Jonas.
       — Hum... Kiara Putin. — respondo depois de pensar um segundo.
       — Onde está o Jonas?! — grita ela.
       — Ele está treinando. Peço para ele retornar.
       — Você é a vadia com que ele vem se agarrando não é? Pois vou te avisar. Jonas é meu! É bom tirar as garras de cima dele.
       — O que?
       — Isso mesmo que você ouviu! Ele é meu namorado! — ela grita tão alto que meu ouvido dói.
       O que? Namorado? Ela continua gritando no meu ouvido e estou quase  desligando na cara dela quando Jonas aparece. Ele está com outra roupa e cabelo molhado da ducha que provavelmente tomou.
        — Quem é? — diz ele pegando o celular.
        — Hum... Sua namorada acho.
        — Nina? — diz colocando o celular na orelha. — Que foi, Nina?... O que?... Ah, por favor! Eu não te devo satisfações. Nós terminamos... Quer saber? Tchau!
       Ele bufa e enfia o celular no bolso.
       — Não ligue para uma palavra do que essa doida disse. É minha ex e ultimamente está ficando descontrolada.
       — Deu para perceber — digo encolhendo os ombros e levantando do lugar na arquibancada onde eu estava.
       — Vamos?
       — Uhum.

⚽  ⚽  ⚽

       — Estou morta de fome! Vou parar no restaurante para comer algo. — digo quando finalmente entramos no hotel. Estava um calor do caramba e foi um custo sair do ar condicionado do carro.
       — Eu vou para meu quarto tomar um banho descente. — diz ele inclinando o pescoço um pouco para baixo. — Obrigada por me acompanhar.
      — Que isso, obrigada você por me chamar. E quer saber de uma coisa? Adorei sua companhia. Você não é nada do que eu pensei que fosse.
       — E como você pensou que eu era como? — diz arqueando as sobrancelhas.
       — Hum... Metido, arrogante, mandão, cheio de si, idiota...
       — Talvez eu seja tudo isso e você desperte o melhor de mim.
       — Que nada. Você só não mostra ao mundo.
      Ele ri. Abaixo a cabeça e meu cabelo cai no meu rosto. Antes que possa levantar a mão para ajeitar sinto a mão grande e forte de Jonas passar pelo meu rosto e colocar meu cabelo atrás da orelha. Ele desce as pontas dos dedos até meu queixo e o levanta me fazendo encará-lo. Prendo a respiração. O que está acontecendo?
       — Você é linda, Kiara. — sussurra ele.
       — Obrigada. — falo sem saber o que fazer. Eu estava tremendo. Papai havia me dito para não ficar de pegação... Mas isso não é nada disso ou é?
       — Desculpe, mas eu preciso fazer isso.
       Ele abaixa a cabeça e encosta sua boca na minha com leveza. Arregalo os olhos e o observo mover sua boca na minha de olhos fechados. Meu Deus.
       — Pode me beijar. Eu não mordo. — sussurra ele.
       Beijar... Isso com certeza inclui pegação! Percebo que o que estou fazendo, na verdade o que ele está fazendo, e o empurro.
       — Jonas! Meu Deus!
       — Kiara...
       — Isso é errado! — digo me afastando.
        — Por que? Eu gosto de você. Você de mim.
        Fujo para o restaurante quando a porta elevador se abre. Corro para o banheiro feminino e espero alguns minutos acalmando a respiração.
       Olho-me do pequeno espelho e toco meus lábios. Ele havia me beijado. Jonas Poullo havia me beijado. Mas... é errado. Prometi ao papai que não ficaria de agarra agarra com ninguém. Promessa sempre foi uma coisa séria para mim.
       Quando finalmente me acalmo saio do banheiro e peço algumas frutas para comer. Sento em uma mesa afastada e enquanto como ligo o Wi-Fi. Primeiro leio uma mensagem de Camille, foi mandada há umas duas horas.

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