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— Senta aí. — diz Costa.
— Eu pensei bastante esses dias. — digo sentando no banco ao seu lado. — Eu queria me aproximar da sua família. Conhecer vocês melhor.
— Eu conversei com meu pai. Jackson. — diz ele bebericando sua cerveja. — Ele também quer rever o irmão e conhecer você. Sua irmã.
— O que ele achou disso tudo?
— Na época em que o seu pai saiu de casa meu pai era muito novo. Não podia fazer nada. Ele sempre comentou comigo que sentia falta do irmão mas que não conseguia achá-lo em lugar nenhum.
— E os meus avós eles estão vivos?
— Só nosso avô. Meu pai contou a ele, mas ele continua o cabeça dura de sempre. Quando Joel conheceu sua mãe ele estava cursando engenharia civil. Mas teve que parar já que o vô parou de pagar. Parece que depois de alguns anos seu pai tentou fazer faculdade novamente. Meu avô entrou em contato, mas seu pai não quis saber de nada. — explica ele, lentamente, como se aquela conversa não tivesse importância.
— Foi quando minha mãe morreu. — explico. — Ainda faltavam dois anos para ele acabar a faculdade. Ele trabalhava durante o dia de auxiliar de escritório e a noite fazia a faculdade. Tinha conseguido uma bolsa. Enquanto isso minha mãe cuidava da gente e ao mesmo tempo fazia unhas para complementar o orçamento. Quando ela morreu... meu pai ficou sem chão. Só o salário dele não daria para custear nossa vida no rio. Ainda mais porque ele teria que pagar alguém para tomar conta de mim. Eu tinha uns três anos. Ele desistiu da faculdade e se mudou para o interior.
— Seu pai parece um guerreiro. — diz Costa. — Não é fácil perder a esposa, tomar conta de duas filhas, sem qualificação nenhuma então...
— Três. Eu tenho um irmão do meio. Greg.
— Sério? Ele mora com seu pai?
— Ele se meteu com drogas. Foi ai que a coisa ficou ruim. Ele vendia as coisas de casa. Depois foi para rua de vez, mas sempre voltava querendo mais dinheiro. Ele batia no papai até ele dizer onde estava o dinheiro.
— Santo Deus Kiara! — exclama Costa esquecendo sua cerveja no outro banco vazio. —Mas onde ele está agora?
— O Jonas o colocou em uma clínica de reabilitação. Não sabemos se vai dar certo, mas é uma chance.
— Jonas... — murmura ele. — Ele foi muito bom para você não é mesmo? Tenho que agradecê-lo por cuidar da minha priminha quando sua família não a apoiou.
— Bom? Jonas... Ele foi com a luz que você enxerga no fundo do poço. Ele me ajudou com tantas coisas. Eu quem tenho que agradecê-lo e amá-lo muito. Ele foi a melhor coisa da minha vida.
Costa sorri e olha para o meu lado. Viro e vejo Jonas sorrindo para mim. Sinto minhas bochechas queimarem de vergonha. Não era boa com essas declarações. Elas são no mínimo embaraçosas. Jonas me abraça pela cintura sorrindo ainda mais.
— Eu que tenho que agradecer a você por dar sentindo na minha vida. — diz ele. — Eu estava deixando a fama subir a cabeça Kiara. Me afundando nas drogas. Virei um arrogante do caramba. Você me trouxe de volta para o chão. Eu te amo.
— Isso está ficando meloso demais para mim. — murmura Costa levantando. — Foi um prazer prima.
— Eu também amo você. — murmuro para Jonas.
— Eu mal posso pensar em ficar longe de você. Já dói.
— Então não pense. Ainda faltam alguns dias. Vamos curtir.
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Além do Futebol [Completo]
RomanceConcluída! Kiara e o pai haviam conseguido um ingresso para o jogo da turnê beneficente do Alarco. Lá Kiara conhece um dos jogadores do time que a faz uma proposta inusitada: viajar com o time do Alarco nessa turnê fazendo o que ela sempre sonhou...