Capítulo 29 - penúltimo

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06/12/2019, aproximadamente vinte meses depois, às 19:20

       Olho-me espelho sorrindo. A mulher que Jonas contratou havia feito um ótimo trabalho. Meu vestido é azul e bate nos joelhos, mas é tão elegante. Estou usando um salto creme, havia acostumado a usar saltos altos no último ano. Além da maquiagem belíssima e o penteado estiloso. E, é claro, o cordão de namoro que ainda usava, uma gargantilha que Jonas havia me dado e o anel de noivado.
       Em duas semanas eu seria uma mulher casada. Mas hoje eu estava indo para minha festa de formatura do ensino médio.
       — Está pronta, amor?  — indaga Jonas batendo na porta.
       Nosso namoro foi difícil nos últimos tempo. Principalmente a distância. Sentíamos uma saudade louca e quando brigávamos simplesmente encerravamos a chamada. Além de mídia que adorava inventar coisas sobre aventuras de Jonas Poullo. Certa vez inclusive uma moça o beijou no meio da rua e as fotos circularam toda a internet. Eu fiquei brava, claro. Mas um jornalista havia filmado a cena completa da garota agarrando meu namorado que a empurra.
       Nós últimos meses ele estava de licença do Bernoulli. Seu contrato estava quase no fim e ele demorou a decidir que ficaria em Portugal. Eu fiz o ENEM e me inscrevi para faculdade. Agora eu esperava os resultados. Mas caso não passasse, ao me tornar esposa de Jonas também recebia a cidadania e ele pagaria a faculdade para mim. Faculdade de Geografia. Eu mal podia esperar. Já tínhamos até dado entrada em toda a papelada.
       — Estou. — respondo virando para porta.
       — Você está simplesmente divina! — diz ele ao entrar. Ele deixa um pequeno beijo em meus lábios e se afasta. — A limousine está esperando.
       Eu havia dito que isso não é necessário afinal estamos no Brasil e não em uma festa dos Estados Unidos. Mas, uma coisa que eu aprendi no último ano foi que Jonas adora mimar as pessoas e que tem dinheiro para isso. E não adianta discutir quando ele quer me dar algo. Era desgastante e ele sempre vencia. Como quando decidimos que casaremos em comunhão de bens. Eu queria a separação total de bens, afinal não queria parecer interesseira. Mas ele fez um escândalo e não aceitou porque agora o que é dele também é meu. Foi esquisito afinal Jonas tem bons milhões na sua conta bancária, contas na verdade. Ele havia aberto uma conjunta comigo e eu tinha um cartão ilimitado. Cartão esse que eu nunca usei.
       — Você também está lindo. — digo segurando sua mão enquanto caminhamos para fora.
       Papai, Cami e Gui com Nina no colo estão esperando na sala. Mas somente eu e Jonas iríamos na limosine.
       A noite é incrível. Todos meus amigos reunido, minha família, meu namorado. Choramos, comemoramos, dançamos e festejando. No fim da noite chego em casa morta. Jonas iria dormir ali mesmo e nós dois caímos na cama sem nem mesmo tomar banho.
      
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       — Vai dar tudo certo, maninha! — exclama Camille irritada.
       Hoje é o dia do casamento. Vinte de dezembro de dois mil e dezenove. Em algumas horas eu seria a senhora Poullo. Deus. Eu estava nervosa. Muitos nervosa.
        — Vamos colocar o vestido querida. — diz a cerimonialista, Jéssica, sem ela nada disso seria possível.
        Meu vestido e trazido por duas garotas. Elas me ajudam a colocá-lo. Eu havia escolhido esse vestido de cara. Simplesmente adorei o modelo. Colado ao corpo e então abrindo em uma calda, coberto de renda.

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