Capítulo 16

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Às 11:30 do dia seguinte alguém bate na porta de casa. Um dos seguranças de Jonas, haviam cinco ao todo, vai até a porta e abre. O homem que me ameaçou olhas de olhos arregalados para o segurança com uma arma apontada para ele. 

— Então foi você quem ameaçou minha namorada? — indaga Jonas.

— Quem... é você? — gagueja o homem.

— Alguém que vai acabar com sua raça se ousar chegar perto da minha namorada ou da família dela. — Jonas pega o bolchete preta com o dinheiro e joga no peito do homem que segura antes de cair no chão. —   Ai está o dinheiro. Suma daqui. Não quero ver sua cara nunca mais.

— Dívida paga não incomodo ninguém. — diz homem sorrindo debochado mesmo com uma arma na sua cabeça. — Adeus queridinha. Vejo que arranjou o dinheiro.

O segurança dá um safanão nele que se afasta logo longe de vista da gente. Jonas vem até mim e me abraça sussurrando que agora está tudo certo. Mas ele obrigado a me soltar quando seu celular toca. 

— É meu empresário, só um segundo. — diz Jonas atendendo. — O que foi Russo? Voltar para o Europa? Eu não. Estou de férias, você sabe o significado disso?... Veem você para o Rio... O que aconteceu?... O que? Lavagem de dinheiro? Eu nunca fiz isso! Russo não me diga que você fez isso com a porra do meu dinheiro!... Eu não acredito... Você está demitido... Sim demitido... E é bom estar aqui no Rio amanhã porque eu quero saber de tudo... Seu merda! Eu disse que nunca iria sonegar! Quer saber? Tchau!

Jonas joga o celular no sofá com raiva e passa as mãos pelo cabelo. 

— Ei, o que aconteceu? — pergunto me aproximando dele calmamente. Passo a mão por suas costas, traçando sua coluna. 

— Estou sendo investigado pela polícia federal. — diz Jonas.

— Por quê?

— Comprei dois jatinhos recentemente e parece que chamei a atenção. Procuraram um pouco e aparentemente a origem desse dinheiro é ilícita. Estão dizendo que estou fazendo lavagem de dinheiro.

— Lavagem de dinheiro? — pergunto sem entender. Ele senta no sofá e me puxa para o seu colo. Fico meio envergonhada porque a sala está cheia de seguranças.

— Que escondi dinheiro para não pagar impostos e usei esse dinheiro para comprar os jatinhos. — explica ele.

— E você fez isso? — pergunto.

—   Eu não, mas aparentemente meu empresário sim. Ele já me tentou a fazer isso diversas vezes, mas sempre disse não. Ao que parece ele vez pelas minhas costas.

  —  Então se você não tem culpa tenho certeza que daremos um jeito. — Deixo um leve beijinho nos seus lábios. — Se acalme.

  — Ei terei que voltar para o Rio. E você já me deixou mais calmo linda.

—  Então eu irei com você. E se quiser posso até dar um soco no seu empresário. — digo levantando o punho.

— Minha menininha agressiva, vá arrumar sua mochila. 

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  — Eu não me canso dessa vista! — digo a Jonas quando com começamos a realmente entrar no Rio. Todos aqueles prédio, as luzes acesas e o céu escuro de fundo. É começo da noite e todos passam pelas ruas saindo do trabalho, da escola ou indo a um passeio. Alguns passado apressados e olhando para o lado com medo outros olhando tudo encantado.

— Você vai adorar conhecer Portugal. Posso te levar a Londres também, é linda.

— Eu sonho em conhecer o mundo. Mas nunca achei que isso fosse acontecer. — digo encarando seu rosto de perfil concentrado na estrada. Ele tira uma das mãos do volante  e aperta minha perna com ela.

Além do Futebol [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora