O almoço com Verônica

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Me perdoem a demora, estava me organizando. Esse livro está tirando meu sono e estou revendo cada passo dado aqui. 

Victor

Depois de tomar café com Eduarda, a levei em casa e depois segui para o hospital. Eu queria passar a noite com ela, mas vendo as ligações da minha mãe, decidi passar em sua casa antes que ela aparecesse para uma visita surpresa no hospital.

Ontem, quando cheguei em casa e encontrei Eduarda me esperando, todo o meu cansaço acabou ficando de lado. Era muito bom ter alguém lhe esperando depois de um dia cansativo no hospital.

Tentei falar com ela durante o dia, mas foi complicado. Tive até mesmo que desmarcar nosso almoço por conta do plantão. Antes de o meu celular descarregar, vi suas ligações. Fiquei preocupado, mas se fosse algo mais sério, ela teria ligado para o hospital.

Tive um rápido intervalo, que peguei apenas para fazer um lanche rápido. Tentei ligar para ela quando voltei para minha sala, mas logo fui solicitado para mais uma das centenas de conferências e tive que ir.

Passar a noite com ela, dormir sentindo seu cheiro e ouvir sua respiração, foi a minha recompensa para o meu dia de trabalho.

— Vou passar na casa da minha mãe quando sair do trabalho, então não sei se poderei te ver – falei quando estacionei o carro na casa de Eduarda.

— Tudo bem. Vou tirar o restante do dia para terminar o meu quadro.

— Aquele que tive um vislumbre?

— Não. É outro. Uma surpresa que estou preparando para você – disse tímida.

— Surpresa? E não vai me deixar ver?

— Se eu te mostrar deixará de ser surpresa.

— E quando vou poder ver?

— Quando eu terminar – disse revirando os olhos – agora vai, não quero ser culpada pelo seu atraso.

Eduarda ameaçou sair, mais eu a puxei e colei meus lábios aos seus.

— Não posso ir sem o meu beijo de bom dia – falei afastando meus lábios o suficiente para sussurrar.

— Se sentir saudades e quiser ouvir minha voz, me ligue.

— Posso te ligar agora?

Ela riu, depositou outro beijo e saiu do carro.

Definitivamente, Eduarda tinha domínio sobre meu corpo. Dei partida no carro e voei para o hospital.

Eu tinha acabado de estacionar, quando ouvi o toque do meu celular. Apressei-me para atender, imaginando ser Eduarda. Mas não era ela.

— Verônica?

— Finalmente consegui falar com você. Te liguei várias vezes ontem, mas parecia que estava desligado.

— Meu celular descarregou.

— Descarregou ou desligou para não me atender?

— O que a levou pensar isso?

— Não sei. Talvez a minha visita inesperada na sua casa.

Olhei para relógio e estava atrasado vinte minutos. Precisava correr e encontrar Edgar para a troca de plantão.

— Verônica, preciso correr, estou atrasado. Podemos terminar essa conversa em outro momento?

— Fugindo, como sempre, hein? – ouvi seu riso do outro lado.

Quando encontrei você - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora