- Você precisa ver o hotel... Sei que não suporta nada muito praiano, mas tenho certeza de que seu queixo vai parar no chão quando ver tudo aquilo. – Frank começou a tagarelar e eu o acompanhei, a mão apoiada em seu ombro, enquanto a outra empurrava o carrinho com nossas malas, ao que caminhávamos para fora do aeroporto, passando pelas portas automáticas. E não demorei a xingar, quando o tufão de vento quente rebateu contra o meu rosto, me fazendo lembrar que estávamos em um local tropical demais para mim. – Tem uma praia particular e tudo mais!- Só vou me empolgar com tudo isso, quando ver você com a bunda empinada pro sol. – Fui direto e Frank gargalhou, conforme fazia sinal com a mão, liberando-me do aperto firme que fazia contra meu braço, para que um dos táxis parados na calçada de entrada do aeroporto se aproximasse mais do ponto onde havíamos estagnado. – Vocês vão me contar o que está acontecendo de verdade? Sabe, sei como você fica muito agitado quando alguma coisa vai acontecer... E quando Mikey está mentindo ou escondendo alguma coisa de mim. Vocês dois são as pessoas mais óbvias no mundo pra mim.
- Eu já disse... É só que isso me deixa bastante animado, ver tudo entrando nos eixos aos poucos. Você não fica feliz em ver Bert também dar um passo grande na vida dele? – Frank e seus grandes olhos se postaram bem diante de mim, ao que eu empurrava o carrinho gentilmente em direção ao motorista do táxi, que não demorou a nos ajudar a colocar as malas no automóvel. "Claro que fico, Frankie... Mas é o tipo de coisa que vai deixar Bert chato durante dois meses... E vai esfregar a aliança na cara dos outros o tempo todo.", resmunguei, conforme entregava uma das malas para o homem, que gentilmente a tomou de minhas mãos, para coloca-la no porta-malas. – Como se você não fizesse exatamente o mesmo. Perdi as contas de quantas vezes você mostrou a aliança que eu te dei para pessoas aleatórias...
- As enfermeiras do hospital queriam saber como havia sido o pedido! – Protestei e, antes que eu buscasse mais uma das malas, fui surpreendido por Frank e aquele beijo no canto direito de meus lábios, ao que o meu menino ficava na ponta dos pés e ria docemente contra o local beijado, antes de subir com beijos por minha bochecha. Senti meu rosto corar, ao que ele sussurrou, tão intimamente, um "Eu sei, gordinho... E gosto de estar do seu lado toda vez que você conta essa história pros outros, só pra ver o brilho nos seus olhos" que me fez sorrir com o canto dos lábios, escutando Sparkie reclamar em um latido agudo, nos despertando um tanto daquele momento, para que pudéssemos ajudar o taxista com o restante das bagagens. – Eu sei que gosta de ouvir, só pra se vangloriar sobre ter feito o pedido primeiro... Se não fosse tão inconstante, eu teria feito um pedido e tanto.
- Você tatuaria meu nome na sua testa? – Frank arqueou suas sobrancelhas, quase desafiador demais, abrindo a porta do automóvel branco, onde colocou, primeiramente, a bolsa onde Sparkie estava, a mantendo confortável, conforme eu resmungava em deboche à sua pergunta, ajudando o motorista com a última mala vermelha e gigantesca, pertencente a Frank. – Eu imaginei. Nada seria mais épico do que isso... Em todo caso, eu fiz um bom pedido. Fiz Gerard Way chorar por dias, veja só.
- Claro, depois de eu insinuar, mais de dez vezes, que queria casar com você... Muito justo. – Comentei, com um sorriso divertido nos lábios, deixando o carrinho vazio de bagagens nas mãos de um funcionário do aeroporto, para voltar até o carro e finalmente adentrá-lo, sentando-me ao lado de Frank. Ainda que estivesse naquele clima de brincadeira, tentei, mais uma vez, persuadi-lo a me contar um pouco mais dos planos daquela viagem. – Você conseguiu me trazer pro Caribe, provavelmente vai me arrastar até a praia... E me encher de protetor solar. No que mais irei me aventurar?
- Nah, você não vai arrancar mais nada de mim, amorzinho. – Frank aconchegou-se ao meu lado, enquanto buscava um pequeno papel dentro da bolsa cor de rosa de Sparkie, onde estava escrito o endereço do hotel. O entregou gentilmente ao motorista, já preparado para seguirmos caminho, e voltou-se em minha direção, os dedos coloridos repousando sobre minha coxa, subindo e descendo, apertando um pouco além do que deveria, mas sem instigar-me mais do que somente me arrepiando. – Falo sério, você precisa se espelhar menos em mim, de verdade. Daqui a pouco você começa a sentar no meu colo e... – "Jamais, Frankie...", resmunguei, levando a mão sobre a dele, entrelaçando nossos dedos de imediato, conforme ele gargalhava, retirando Sparkie, cuidadosamente com a sua mão livre, de dentro da bolsa. – Não é como se a surpresa fosse demorar muito tempo pra ser revelada. Quero só ver a sua cara e dos outros.
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Old Hope || Frerard version
Fanfiction"- Eu e você... Pra sempre, sabe disso, não sabe? - fiz questão de proferir aquilo, no meio do caminho, em meio àquelas pessoas, à música, pouco me importando se eu parecia um louco chorão que se aproximava do cara mais bonito do planeta. Por um seg...