Frank chegou ao restaurante com um sorriso nos lábios. Gigantesco, alegre e que gritava suas risadas, por mais que estivesse em total silêncio, conforme traçava aquele caminho da calçada do outro lado da rua, onde havia estacionado seu carro, até a entrada do local. Aquele era um dos pontos favoritos de Frank na cidade, um estabelecimento que havia sido inaugurado pouco após ele e Gerard se mudarem para o interior, o que dava a Iero uma boa desculpa para voltar para NY sempre que queria.
Deixavam as crianças no apartamento de Bert e Quinn, sem qualquer receio, afinal, muita coisa havia mudado, Bert poderia ser o louco das ideias inadequadas, mas agora era pai e parte de sua responsabilidade havia surgido ao ajudar Frank e Gerard a cuidar de suas crianças, quando precisavam daqueles momentos mais íntimos. Uma vez que os filhos estavam seguros com os amigos, os dois voltavam para o loft, onde tudo havia acontecido, local que nenhum dos dois havia se atrevido a mexer, vender ou deturpar todas as memórias felizes que ali tiveram.
Frank poderia estacionar o carro na garagem do prédio, andar um tanto, mas estava com Sparkie em seus braços, tinha fome e queria evitar ao máximo lembranças de Gerard naquela viagem até NY. Era difícil, mas estava quase conseguindo, principalmente quando viu Bert sentado à sua mesa, o carrinho de bebê posicionado ao seu lado, enquanto usava seus óculos azuis e excêntricos para ler melhor o cardápio que tinha em mãos. Como sempre, McCracken era o primeiro a chegar e igualmente o primeiro a se ocupar com comida, já tendo um prato de algo que pareciam mini-pães diante de si, ao lado da mamadeira do filho, criando aquela imagem bem peculiar e que arrancava aquele sorriso de Frank.
Com Sparkie agarrada contra seu corpo, Frank retirou o óculos escuro e estava prestes a gritar por Bert, quando o amigo o achou, deixando o cardápio de lado, para acenar freneticamente em sua direção. Frank transpassou o pequeno portão que antecedia a entrada do restaurante, agradecendo por Bert ter escolhido uma das mesas do lado externo deste, onde podiam ficar com Sparkie em paz. Aliás, aquele era um dos principais motivos de frequentarem o local, tinham acesso a um pouco mais de luminosidade do lado de fora, Frank poderia levar sua pequena cachorra e tinha praticamente uma mesa inteira ao ar livre para ele e os amigos fizessem suas reuniões semanais.
- Ah, você trouxe ele! – Frank imediatamente gritou, logo após aquele breve trajeto pela entrada do restaurante, indicando a um dos garçons que seu amigo já o esperava, quando então viu o pequeno Olaf bem acordado, mexendo suas mãozinhas gorduchas em sua direção, assim que o bebê o reconheceu. – Heeey... Coisa gordinha do tio Frank! – com seus trinta e quatro anos de idade, Frank era ainda muito bom em emitir aquela voz melodiosa, manhosa demais para alguém da sua idade, ao ver o pequeno bebê ruivo, os cachos alaranjados sendo a primeira coisa que Frank sempre afagava no pequeno, antes de delicadamente toma-lo nos braços, retirando-o do carrinho ao lado do pai. Cumprimentou Bert apenas com um sorriso rápido, recebendo uma careta em resposta, enquanto ajeitava o bebê gorducho em seus braços. Isso tudo, claro, logo após empurrar Sparkie para o colo de Bert, que sempre iria se assustar com aquele contato repentino com a cachorra. – Olha só ele! É tão calminho! Nem parece seu filho! – os olhos azulados de Olaf pareciam cansados, mas ainda sim espertos para o que ocorria ao seu redor, alegres ao receberem o abraço do tio, sob o olhar preocupado e alarmado do pai, que não sabia se largava a cachorra no chão ou se tinha uma crise grave de ciúmes.
- Quinn está deixando esse menino tão chato... E o segure direito! – Bert optou pela segundo opção, enquanto tentava fazer o mesmo com a cachorra em seus braços, observando Frank sentar-se na cadeira mais próxima dele, sabendo que o melhor amigo iria querer vigiar seu filho de perto. Os encarou, quase sorrindo ao ver o pequeno divertir-se com o tio, em meio a risadinhas baixas, a cada vez que Frank lhe fazia uma careta, tão calmo, que realmente Bert se sentia frustrado em vê-lo tão plácido daquela forma. – Vou mandar Quinn passar um tempo com a minha querida sogra e vou consertar essa criança... Ele precisa aprender um pouco de destruição com o paizinho dele.
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Old Hope || Frerard version
Hayran Kurgu"- Eu e você... Pra sempre, sabe disso, não sabe? - fiz questão de proferir aquilo, no meio do caminho, em meio àquelas pessoas, à música, pouco me importando se eu parecia um louco chorão que se aproximava do cara mais bonito do planeta. Por um seg...