Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)

Capítulo 32

Pedro

Eu simplesmente, não consigo acreditar na mensagem da Luíza. Estávamos tão bem, hoje mais cedo.

Penso em ligar para ela. Porém, quando eu menos espero, o meu celular tocar e vejo o nome do Davi no visor.

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- Fala Davi - digo um pouco ríspido, por conta do meu desespero.

- Pedro, a Luíza sumiu!

- MAS COMO ASSIM, SUMIU? - grito incrédulo, com o que acabo de ouvir.

- Ainda não sei primo. Após a prisão da Fernanda, ela foi ao banheiro e não retornou mais. Fomos atrás dela e não conseguimos encontrá-la, em lugar algum - ainda no carro, paro no acostamento, respirando fundo, tentando entender toda essa loucura.

- Há poucos minutos ela me mandou uma mensagem, dizendo que estava indo embora, para eu não procurá-la e que foi um grande erro nos envolvermos. Eu claro, não acreditei em suas palavras. Sei que há algo por trás disso, e confesso que estou com medo de que algo aconteça com minha pequena, de novo - desabafo.

- Tenho quase certeza, que pode ser mais um truque, da bandida da Fernanda. Pois a Luíza estava muito eufórica, porque conseguimos finalmente prender aquela louca. Ela não via à hora de comemorar com você, assim me disse - saber disto, deixou o meu coração um pouco mais aliviado. Porém, se de fato a Fernanda estiver envolvida com isso tudo, então ela armou para pegar a Luíza, provavelmente para me ferir. O meu medo, é com o seu próximo passo.

- Por favor, Davi, recolha todas as provas possíveis, de que a Luíza saiu daí à força. Estou indo agora tirar satisfação com a Fernanda.

- Pode deixar primo. Os polícias já estão fazendo isso!

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Nos despedimos, e volto dirigir em direção a delegacia. Em breve a Fernanda será transferida para o presídio.

A Fernanda que me aguarde. Se ela se atreveu a fazer mais um mal para minha baixinha, desta vez não terei nenhuma piedade dela!

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Luíza

Assim que cheguei ao toalhete, e esvaziei a minha bexiga, aproveite para retocar a maquiagem. Até que ouvi à porta sendo trancada e, antes que eu reclamasse, vi um reflexo no espelho, que não me deixou nada contente.

- Quanto tempo, Luíza - ouço o meu nome ser pronunciado com desprezo, enquanto olhos raivosos me encaram através do espelho.

- O que faz aqui, Soraia? E por que você trancou à porta? - indago impaciente. Chega de mulher maluca na minha vida.

- Assim poderemos conversar com mais privacidade - ela sorrir cinicamente.

- Não tenho nada pra conversar com você - lhe dou as costas, e sou puxada pelo cabelo. Quando penso em revidar, algo gelado encosta-se em minha barriga. Olho para baixo, encontro uma arma em sua mão.

- Não se engane, queridinha. A partir do momento que você se envolveu com o Pedro, temos muito o que falar. Antes, você vai enviar uma mensagem se despedindo do seu amado e vamos sair daqui. Já aviso que se você fizer alguma gracinha, eu terei todo o prazer de te matar, agora mesmo.