Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)

Capítulo 8

Luíza

Presenciar a cena de ciúmes, entre o Pedro e o Erick, chega a ser um pouco excitante. Não me entendam mal, podem até me chamar de maluca. Porém, ter dois homens lindos disputando você, é muito animador, e aposto que muitas mulheres iriam querer isso. Ou não.

Com tudo, minha escolha entre os dois, eu já fiz. Escolhi dá uma chance ao Pedro, e ver no que pode dá. Eu estou curtindo e muito os nossos momentos juntos. Apesar da cena com a Soraia, aquela cobra peçonhenta. E todo o mal entendido que houve.

E além do mais, o Erick já teve a chance dele e não aproveitou. Não quero perder meu tempo com alguém que diz me ama, e na primeira oportunidade me trai. Eu sei que mereço bem mais, e principalmente ser feliz.

Depois da presença bastante incomoda e desconfortável do Erick em nossa mesa, eu e o Pedro tentamos manter a calma. Não podemos deixar que aquele babaca traidor, acabe com nossa noite e jantar de reconciliação.

Alguns minutos depois, o garçom, muito gentil, nos serve atentamente. Nosso prato de entrada é risoto de frango.

Admito, mais uma vez, que o Erick é um excelente cozinheiro. A comida está deliciosa, muito apetitosa.

Enquanto estou degustando minha refeição, eu vejo um Pedro furioso xingar, se levantar, indo rumo a cozinha. Então eu o sigo.

A princípio nada entendo, só o vejo acertando a cara de Erick em cheio.

*****

Pedro

Desde que aquele filho de uma mãe do ex da Luíza saiu daqui, estou me segurando para não ir atrás dele, arrebentar aquela cara merda.

O que me acalma, é a minha baixinha linda. Acho que estou completamente apaixonado por ela. Deve ter acontecido quando apenas admirava Luíza de longe, antes de tomar iniciativa e chamá-la pra sair pela primeira vez. A cada segundo que se passa, sinto ainda mais à necessidade em tê-la em meus braços. Até um simples e discreto sorriso da Luíza, é capaz de iluminar toda o meu dia.

Assim que os nossos pratos de entrada chegaram, confesso que passou pela minha cabeça, que o bastardo do Erick poderia muito bem ter envenenado a comida em meu prato. Mesmo com à paranóia, resolvi provar. Pois estava louco pela sobremesa de mais tarde, com a Luíza. E quanto antes terminarmos o jantar, melhor será.

Ao provar à primeira garfada do meu prato, sinto a minha língua queimar.

- Filho de uma puta, bastardo de uma figa! Vai ver só o que irei fazer com ele.

Levanto furioso rumo a cozinha. Já me segurei demais. Agora aquele puto vai ver só!

O encontro rindo, observando toda a cena. Não pensei duas vezes e acertei um murro com toda a minha força, bem no meio da cara do Erick, que cai com o nariz ensanguentado.

- Pedro. Por que você fez isso? - Luíza questiona confusa.

- Este imbecil, colocou o vaso inteiro de pimenta na minha comida.

- Pimenta? Mas o prato não leva pimenta - ela constata consigo mesma.

- É melhor irmos embora Pedro. Agora! - diz minha pequena, já me arrastando para fora.