Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)

Capítulo 24

Pedro

Assim que soube que a Luíza acordou, fui o primeiro a me oferecer para entrar. Precisava conferir com os meus próprios olhos, se de fato minha pequena está bem. Afinal, ontem quando vi ela antes de eu ir embora, pois não permitiram acompanhantes, ainda estava adormecida, sobre efeitos de remédios.

Ao adentrar no quarto, um forte alívio toma conta do meu ser. Praticamente corro de encontro ao leito de minha baixinha.

- Meu amor... Graças a Deus, você acordou - a abraço, tomando cuidado com os seus machucados. - Nunca mais vou te deixar longe do meu alcance. Nunca! - deposito um beijo casto em seus lábios, enquanto lágrimas involuntárias escorrem pela minha face.

- Calma, meu amor - ela limpa o meu choro silencioso - Estou bem! Estou aqui com você! - diz sorrindo, tentando me tranquilizar.

- Você nos deu um baita susto sabia - falo segurando o seu rosto, entre às mãos. - Por um momento, pensei que iria te perder - revelo o meu temor, e sinto dor só de pronunciar tais palavras.

- Felizmente eu estou aqui. E nada disso aconteceu. Eu nunca vou te deixar, eu te amo! - Luíza fala olhando em meus olhos, talvez tentando me confortar.

- Também, te amo pequena! Te amo muito! - a beijo novamente, só que desta vez com mais fervor.

- Confesso que também fiquei desesperada, só de pensar que eu não poderia mais te ver novamente, e a minha família. Só pensei em me despedir de todos vocês, se caso eu partisse desta vida - Luíza revela, com lágrimas nos olhos, que apertam o meu coração ainda mais.

- Shhh meu amor. Já passou, e você está aqui com a gente. Prometo que não vou permitir que nada de mal te aconteça, nada.

- Eu te amo, Pedro! Te amo! - ela sorri, deixando o choro de lado, e eu faço o mesmo, encostado nossas testas. Pela primeira vez, desde que minha pequena sofreu o acidente, eu respiro aliviado.

Permaneci por incontáveis horas ao lado da mulher da minha vida, até que ela adormeceu e fiquei contemplando o seu sono. Mesmo machucada, seu semblante era semelhante a de um anjo dos céus, de tão calma e tranquilidade. Só sair do seu lado, por que minha sogra insistiu que eu deveria ir para casa um pouco. Tudo que eu menos irei fazer.

Vou me reunir com o Charlie, o chefe da minha segurança, e procurarei saber mais afundo sobre o que de fato aconteceu. Não poderia perguntar a Luíza. Seria uma falta de respeito da minha parte. Talvez depois, quando ela estiver recuperada totalmente.

Se de fato a Fernanda tiver armado isso tudo, aí a coisa muda de figura. Porém, independente disso, irei caçá-la até no inferno, se for preciso.

Antes de sair do hospital, chamo o meu cunhado, para uma conversa rápida.

- Então, o que você quer cara? - ele questiona-me.

- Eu vou me reunir com o chefe dos meus seguranças, e saber mais sobre acidente. Antes de vim para cá, eu recebi mais uma mensagem da louca da Fernanda, e preciso confirmar se ela tem algo a ver com isso. Eu queria te pedir para ficar de olho na Luíza por mim, e ficar bem atento a tudo. Prometo que não irei demorar pra voltar - conto os meus planos para ele, pois é o único aqui que sabe de boa parte da história.

- Pode ficar tranquilo, cunhadinho. Cuidarei da minha tampinha sempre! Sei o quanto ela é importante pra você, assim como é para mim. Só te peço que me mantenha informado sobre tudo que descobrir.