Luíza
A minha vida sempre precisou de mais emoção. A começar pela minha vida social, que é quase inexistente ultimamente. Perdi um pouco mais de três anos noiva do Erick, e francamente, como eu me arrependo de um dia ter tido um relacionamento com ele. Acho que agora entendo quando dizem que quando se está apaixonado, não se enxerga os defeitos do amado.
Antes de eu lhes conta um pouco desse meu fracassado relacionamento, vou me apresentar.
Sou a Luíza Alves de Alcântara, tenho 25 anos e curso Direito na USP. Sou estagiária na empresa de Advocacia da família Alencar, a Alencar Advocacia. Uma das melhores do país! Sou natural do interior de São Paulo, mas ao conseguir uma vaga na Universidade da capital, uma das melhores no país, não perdi a oportunidade e me mudei para cá. Moro em um minúsculo apartamento, um pouco afastado do escritório onde eu trabalho. Desde que me mudei, só fiz uma amizade, que foi com a Ane. Uma excelentíssima pessoa, que com o tempo se mostrou ser uma grande amiga. Nos conhecemos na Universidade. Nos esbarramos no primeiro dia de aula, e desde de então, não nos desgrudamos mais. Somos como unha e carne.
Meus pais ainda moram na cidade em que eu nasci. Enquanto que o meu irmão mais velho, o Lucas, se tornou um Engenheiro Civil e hoje trabalha fora para uma multinacional.
Há mais o menos três anos atrás, eu conheci o Erick. Frequentávamos os mesmos lugares, e conhecíamos pessoas em comum. Um dia, depois de muita insistência da Ane, para que eu a acompanhasse em uma socialzinha de um amigo dela, o Erick também estava lá. Ele passou uma boa parte da festa me encarrando com desejo e, no final acabamos ficando. Depois disso começamos à sair, até que veio o namoro e o nosso noivado consequentemente. Ele sempre se mostrou ser um cara legal, amoroso, compressivo, enfim, quase perfeito, quase. Pois há mais ou menos há dois anos, ele estava agindo feito um paranóico. Os seus ciúmes estavam sufocantes. Apesar de amar ele, isso estava me incomodando demais! Tentei conversar, resolver à situação e entender os ciúmes do Erick. Só que não via o porquê de tanta possessão. Até que um dia sair do escritório mais cedo, e resolvi fazer uma visita ao restaurante dele. Como tinha acesso livre, fui logo entrando para o seu escritório. Imaginem o quanto foi à minha surpresa, quando o vi transando com uma das garçonetes. Sua calça estava abaixada, a piranha estava de quatro apoiada na mesa, e os gemidos davam para serem ouvidos do lado de fora.
Entrei na sala, acabei com a festinha deles, e claro, sair de cabeça erguida. O Erick desde então vive me atormentando. Ele não aceita o fim do nosso noivado. Diz que se arrepende do que fez, e foi um momento de fraqueza. – Mas como é cara de concreto viu...
Após o ocorrido, tento me distrair com o trabalho e a universidade. Se bem que no trabalho é algo que vem tirando minha sanidade, ou melhor, alguém. O Dr. Pedro Alencar. Ele tem 32 anos, é moreno, alto, corpo atlético e um sorriso arrasador. É um solteirão nato e muito cobiçado, sempre está estampando as capas de revistas, apesar de me parecer bem reservado.
Desde que comecei à trabalhar na empresa e vi o Dr. Pedro pela primeira vez, confesso que me encantei por ele imediatamente, mesmo estado comprometida, na época. Primeiro achei que era pela sua beleza, mas com o tempo aprendir a admirar seu lado profissional. Toda vez que nossos olhos se encontram, sinto uma tensão e uma excitação enorme entre a gente, não tem como negar.
Há alguns dias venho notando uma aproximação nada sútil dele. Ele vem agindo de uma forma estranha. Sempre dá um jeito de falar comigo, ou algo do tipo. Só comecei a ter essa suspeita, quando ele me chamou em sua sala, para simplesmente lhe entregar alguns papéis, que facilmente eu poderia ter enviado por e-mail. Além dele me direcionar um olha cheio de luxúria quando estávamos à sós. Chegou até a perguntar se eu ainda estava noiva. O que achei mais do que estranho, já que semanas atrás ele ao menos notava a minha presença – Era o que achava.
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Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)
RomanceQuando o amor é mais forte que o autocontrole. Duas pessoas feridas pela vida. Ela por ter sido traída pelo noivo que amava, além de ter suportado seus ciúmes por dois anos. Ele também pela traição, porém muito mais grave do que se pode imaginar, al...