Capítulo 26

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Luíza

Acordar e não ver o Pedro ao meu lado, ainda mais depois de ontem, chega ser frustrante. Ele saiu e deixou os meus pais cuidando de mim. Dizendo ele que tinha uma reunião urgente.

Para mim, essa reunião tem a ver com o meu acidente. Quando ele voltar, irei descobrir o verdadeiro motivo. Enquanto o Pedro não chega, vou aproveitar e ser mimada pelos meus pais, que nem sempre estão aqui.

Levantei, e me virei o quanto pude com o meu braço enfaixado. Espero que não tenha que ficar com o gesso por muito tempo. O negócio corsa que é uma beleza.

- Já estava indo te chamar filha. Precisa de alguma coisa? – questiona minha mãe, assim que chego na cozinha, encontrado a mesa posta.

- Não mamãe, obrigado! – dei-lhe um beijo estalado em sua face. – Bom dia, pai! – o cumprimentei da mesma forma com um beijo na face.

- Bom dia, filha! Dormiu bem?

- Sim. Já não aguentava mais aquele hospital. É tão bom está de volta na cama, e ao meu lar – digo, enquanto ajeito-me na cadeira, com a ajuda do Seu Roberto.

- Fiz algumas coisas que você gosta, Lú. Claro, sem exageros e seguindo à prescrição médica – diz minha mãe, e eu sorrio em agradecimento.

- Estava com tantas saudades do seu tempero, mamãe – falo e começo a me servir.

- É muito bom saber disto, minha filha.

Tomamos nosso café como nos velhos tempos. Entre muitas risadas e conversas. Só faltou o Lucas, que estranhamente, até agora não chegou da casa da Ane.

Essa é outra que está me devendo algumas explicações. Porém, deixarei para depois.

Agora é só esperar o meu Doutor delícia voltar, e saber o que de fato ele foi resolver tão cedo e com tanta urgência.

*****

Pedro

No tempo marcado, cheguei na casa do Davi. Estou com minhas expectativas a mil, pra saber o que meu primo de fato descobriu. Aperto a campainha, e ligeiramente ele abre à porta.

- Entra Pedrinho – diz, não sem antes verificar, olhando para todos os lados, confirmando que eu não fui seguido.

- E então, o que você descobriu? – questiono impaciente.

- Senta, que você vai precisar – com estas palavras, ele conseguiu me deixar ainda mais nervoso.

- Conta logo, seu porra.

- Okay – ele levanta os braços em sinal de redenção, e com um sorriso de deboche em seu lábios. – Antes vou nos servi uma bebida.

Ele vai até um mini bar, localizado em um canto de sua ampla sala, e minutos depois, volta com dois copos em mãos, com as bebidas. O Davi estende um dos copos para mim, e bebi o líquido do outro. Senta-se no sofá, e eu permaneço de pé.

- Pedro, eu fiz a investigação que me pediu, e descobrir além do que você queria.

- Você finalmente conseguiu descobrir onde a piranha da Fernanda está? – pergunto em expectativa.

Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora