Capítulo 27

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Lucas

Ainda no apartamento da Ane, acordo e não encontrando ela na cama. Levanto-me a sua procura, e a encontro saindo do banheiro, já toda arrumada.

- Pra onde você vai, assim toda produzida? - questiono.

- Para o trabalho. E acho bom o Senhor também ir se arrumando - ela passa por mim, deposita um beijo em minha bochecha, seguindo para o quarto. Vou ao seu encalço.

- Me expulsando, minha fada?! - tento fazer um pequeno drama.

- Não, apenas o lembrando de que temos que trabalhar. E se não me engano, você tem que ir ver os seus pais e a sua irmã.

- Okay - levanto minhas mãos em sinal de rendição. - A Senhorita venceu. Mas que fique bem claro, que mais tarde estarei aqui.

- Tudo bem. Sendo depois do trabalho, para mim está ótimo - rimos.

Tomo o meu banho. Logo após, tomamos o café entre uma conversa agradável. Até que tomo coragem, e falo o que vem rodando os meus pensamentos.

- Ane, eu andei pensando e queria saber de você. Aceita namorar comigo? - indago em expectativa. E ela fica muda de repente.

- Lucas... Eu acho que ainda é muito cedo para termos algo tão sério. Deixa como está por enquanto, e depois quem sabe, podemos tentar. Mas não agora - ela responde-me, e sinto como se tivesse tomado um forte soco no estômago.

- Ane, nos gostamos e não é de hoje. Caramba, eu quero que você seja minha por completo. Aceita vai - insisto.

- Lucas, não hoje - ela permanece firme. Respiro fundo, buscando manter a calma.

- Está certo. Você é quem sabe - levanto-me da mesa, e pego minha mochila que trouxe com as minhas coisas, - Estou indo nessa.

- Lucas, você não precisa ir assim. Espera, vai. Tenta me entender - ela também está de pé, tentando me convencer.

- Depois conversamos...

- Diacho de homem teimoso - escuto a Ane resmungar.

Saio dali, indo rumo ao apartamento da minha tampinha, com meus pensamentos em reboliços.

Não entendo o porquê dela não ter aceitado. Mas tentarei dá-lhe o tempo necessário. Porém estou bastante chateado com sua resposta negativa.

*****

Pedro

Assim que consigo acalmar minha pequena, no final da tarde, despeço-me dela, no intuito de buscar alguns documentos de processos em que estou trabalhando.

No caminho de volta ao encontro da minha amada, lembro-me que tenho um assunto ainda pendente para resolver, e inadiável. Desvio o caminho, ligo para o Davi, que me fornece as coordenadas.

Alguns minutos depois, estou em frente a um galpão, aparentemente abandonado, porém bastante conservado. O meu primo e "amigos" por assim dizer, usam muito este local, quando é preciso interrogar alguns suspeitos. Sempre na maior descrição possível. Apesar de muito tempo de uso, é a primeira vez que venho neste local.

Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora