Lucas
Ainda no apartamento da Ane, acordo e não encontrando ela na cama. Levanto-me a sua procura, e a encontro saindo do banheiro, já toda arrumada.
- Pra onde você vai, assim toda produzida? - questiono.
- Para o trabalho. E acho bom o Senhor também ir se arrumando - ela passa por mim, deposita um beijo em minha bochecha, seguindo para o quarto. Vou ao seu encalço.
- Me expulsando, minha fada?! - tento fazer um pequeno drama.
- Não, apenas o lembrando de que temos que trabalhar. E se não me engano, você tem que ir ver os seus pais e a sua irmã.
- Okay - levanto minhas mãos em sinal de rendição. - A Senhorita venceu. Mas que fique bem claro, que mais tarde estarei aqui.
- Tudo bem. Sendo depois do trabalho, para mim está ótimo - rimos.
Tomo o meu banho. Logo após, tomamos o café entre uma conversa agradável. Até que tomo coragem, e falo o que vem rodando os meus pensamentos.
- Ane, eu andei pensando e queria saber de você. Aceita namorar comigo? - indago em expectativa. E ela fica muda de repente.
- Lucas... Eu acho que ainda é muito cedo para termos algo tão sério. Deixa como está por enquanto, e depois quem sabe, podemos tentar. Mas não agora - ela responde-me, e sinto como se tivesse tomado um forte soco no estômago.
- Ane, nos gostamos e não é de hoje. Caramba, eu quero que você seja minha por completo. Aceita vai - insisto.
- Lucas, não hoje - ela permanece firme. Respiro fundo, buscando manter a calma.
- Está certo. Você é quem sabe - levanto-me da mesa, e pego minha mochila que trouxe com as minhas coisas, - Estou indo nessa.
- Lucas, você não precisa ir assim. Espera, vai. Tenta me entender - ela também está de pé, tentando me convencer.
- Depois conversamos...
- Diacho de homem teimoso - escuto a Ane resmungar.
Saio dali, indo rumo ao apartamento da minha tampinha, com meus pensamentos em reboliços.
Não entendo o porquê dela não ter aceitado. Mas tentarei dá-lhe o tempo necessário. Porém estou bastante chateado com sua resposta negativa.
*****
Pedro
Assim que consigo acalmar minha pequena, no final da tarde, despeço-me dela, no intuito de buscar alguns documentos de processos em que estou trabalhando.
No caminho de volta ao encontro da minha amada, lembro-me que tenho um assunto ainda pendente para resolver, e inadiável. Desvio o caminho, ligo para o Davi, que me fornece as coordenadas.
Alguns minutos depois, estou em frente a um galpão, aparentemente abandonado, porém bastante conservado. O meu primo e "amigos" por assim dizer, usam muito este local, quando é preciso interrogar alguns suspeitos. Sempre na maior descrição possível. Apesar de muito tempo de uso, é a primeira vez que venho neste local.
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Ato do Desejo - Livro 1 (Concluído)
RomanceQuando o amor é mais forte que o autocontrole. Duas pessoas feridas pela vida. Ela por ter sido traída pelo noivo que amava, além de ter suportado seus ciúmes por dois anos. Ele também pela traição, porém muito mais grave do que se pode imaginar, al...