Capítulo 20 - Seu porto seguro

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Pov's Alícia

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Pov's Alícia

Mesmo eu odiando essa ideia de almoço na casa dos pais do Enzo, eu fiz um esforço em ir somente para agradá-lo. Os amigos e o irmão chegarão hoje e eu via que ele estava bem animado com a chegada deles e também com o almoço. Sabendo que a mãe dele é bem fresca eu separei meu melhor vestido social de cor azul escuro combinando com o meu scapin preto, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto tentando soar o mais social possível e fiz uma maquiagem bem leve para aquela tarde. Minha mãe pensou que eu iria para algum evento da clinica e se revoltou por eu falar que tinha me arrumado assim para causar uma boa impressão para a minha querida sogra.

Enzo veio me buscar como combinado e finalmente conheci o irmão, a cunhada e os amigos dele. Me simpatizei muito com todos, principalmente com a Joana que entende o que é sofrer na mão da amada sogra.

Depois que sai da sala de jantar fui no banheiro me olhar no espelho e respirei fundo umas mil vezes para engolir a raiva que sinto daquela bruxa. Sai do banheiro e fui até a sala encontrando as meninas lá sem os meninos. Estranhei, mas fui até elas.

– Eu não queria ter voltado sabe? –Joana fala exasperada- Eu estava tão feliz longe dessa mulher.

– Ela sempre te tratou assim, Jô? –Melaine pergunta

– Antes era pior. Ela me falava coisa horríveis, porém eu sempre rebati com ela. –Ela bufa- Hoje em dia ela não fala mais por causa dos netos que sempre está por perto quando ela provoca.

– E você, Liz? –Melaine pergunta- A mulher te trata assim também?

– Quando a conheci ela me chamou de cafona. –Júlia e Melaine arregalaram os olhos- E ainda falou que iria me dar as roupas que ela não usava para mim ficar apresentável.

– Que bruxa. –Júlia fala pasma- A mãe de Alex é um amor, ela chorou tanto quando saimos de Portugal.

– Também não tenho problemas com a mãe de Túlio. –Melaine fala- A mulher me ama.

– Quem dera nossa sogra ser assim, né Liz? -Joana perguntou rindo e eu assenti- Mas essa mulher só simpatiza com gente que não presta.

– Quem não presta, mô? –Henri perguntou chegando junto com os meninos, abraça a Joana por trás e Enzo abraça minha cintura.

– A minha tia da Argentina. –Joana disfarça e nós tentamos segurar o riso- Ela é terrível, meninas.

– Está tudo bem? –Enzo pergunta baixinho na minha orelha e assenti com a cabeça pondo minha mão sobre a sua que está pousada na minha cintura

– Mãe. –Peter grita chegando correndo até nós

– O que houve, Peter? –Joana pergunta assustada- Cadê seu irmão?

– Está lá no quarto com a tia Mari. –Ele responde de um jeito desesperado- E a vovó está lá brigando com a tia, mãe.

– O que? –Sinto o corpo Enzo enrijecer

Um Recomeço DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora