(Continuação de Vidas Diferentes)
Alguns dizem que o amor é um rio, alguns dizem que o amor é uma música boba, alguns dizem que o amor está ao nosso redor, nos eleva para onde pertencemos, alguns dizem que o amor é ouvir risadas durante a chuva, mas...
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Eu realmente estou preocupado com a Liz. Não sei o que conversaram, mas sei que essa conversa não fez nada bem para ela.
Nunca a vi tão abalada como hoje!
Ela acabou de adormecer e eu não consigo fazer o mesmo, minha preocupação é bem maior que o sono. Fico a observando dormir por um bom tempo e tento imaginar sobre o que conversaram. O dia deveria ter terminado com muita felicidade para ela e eu tenho vontade de esganar Sofia por ter estragado nossa noite. A dor da perda do nosso filho me atinge e eu fico durante horas olhando para o teto pensando como ele seria com as suas irmãs. Eu e Liz temos quase certeza que seria um menino por isso que sempre nos referimos como ele. Adormeço em meio aos tantos pensamentos que me cercam.
Acordo ouvindo choros pela babá eletrônica, sobressalto da cama e olho para o lado vendo Liz ainda dormindo. Vejo as horas no relógio encima da cabeceira e já são cinco horas da manhã.
– Amor! –Beijo os lábios de Liz e ela resmunga algo- Já são cinco da manhã, nossas princesas acordaram.
– Bom dia, amor. –Ela abre os olhos e sorri lindamente- As duas estão chorando?
– Sim, elas devem estar com fome.
– Como foi que eu não ouvi? –Ela se levanta rapidamente
– Você estava cansada. –A puxo para fora da cama
– Vamos vê-las. –Ela veste sua camisola
Vamos até o quarto das meninas e as vejo chorando desesperadamente.
– Bom dia, meu amores. –Dou um beijo em cada uma
– Oh, minhas princesas. –Liz pega Alice e eu pego Anne- Desculpem a mamãe.
Elas continuam chorando e rapidamente Liz senta na poltrona pondo Alice para mamar em um seio e Anne em outro.
– Amo ver elas assim em você. –Sorrio sentando ao seu lado
– Não pense que é maravilhoso amamentar porque não é. –Ela faz uma careta de dor- Quando elas estão com muita fome, elas sugam tão forte que chega a doer. Como agora.
– Vão com calma, princesinhas. –Falo observando o desespero delas- Assim vocês machucam a mamãe.
– Eu deveria ter vindo amamentá-las as quatro da manhã. –Liz as observa- Eu dormi demais, por isso que elas estão assim.
– Como você se sente, meu amor? –Pergunto
– Ela me pediu perdão e eu não consegui perdoar. -Ela me olha angustiada.
– Ainda é muito difícil, amor. –Acaricio seu rosto
– Você tinha que ver como ela estava ontem. –Ela respira fundo- Ela disse que aprendeu muito com as crianças do orfanato e que se sente um monstro. Ela realmente parecia estar arrependida e eu queria muito perdoar, só que não consigo. –Uma lágrima cai de seus olhos.
