Capítulo 5

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Malu.

Meu Deus, o que faço agora? Com um homem que eu acho que quer me matar ou pelo menos parece muito, um homem que não para de me olhar, bem que ele poderia ser um homem bonzinho porque é lindo! Meu pai poderia chegar a qualquer momento ou só chegar de noite como minha mãe disse, eu estava perdida.

— Não estou brincando com você — Falei apertando minhas maos na bancada onde estava com a bunda encostada

— Você vai acabar quebrando isso aí e não é barato — Ele disse apontando para minha mão e virando as costas indo em direção à porta. Amém!

Fui acompanhando ele um pouco longe, eu tenho medo do que ele possa fazer comigo e também tenho medo dele em si.
Ele abriu a porta e me olhou.

— Tchau Maria Luíza, a gente se ver — Ele abriu um sorriso que eu quase caio para trás.

— Não, não se ver — Falei seria — Tchau Bernardo Miller — Disse com um sorriso falso no rosto.

Ele deu dois passos para trás e fechou a porta mais uma vez, agora ele me mata. Mas o que eu fiz?

— Você está me deixando louco — Ele disse pra si mesmo balançando a cabeça, voltando na minha direção devagar, meus passos para trás era mais rápido que o dele, ele parecia se divertir do modo em que eu ficava com medo.

— Por favor, não fiz nada — Eu disse o olhando com mais medo possível.

Ele em questão de segundos me colocou em seu colo apoiada na parede, não tinha como eu sair de lá, nunca desejei tanto que alguém chegasse em minha casa.

— Eu não vou te machucar — Ele disse sussurrando no meu ouvido me causando um certo arrepio.

— Eu não quero — Falei com as duas mãos apoiada em seu ombro, ele encostou seu corpo todo no meu, me deixando mais nervosa ainda, minha respiração estava ofegante, Bernardo acariciava minha nuca com o polegar, fechei os olhos devagar. — Para —

— Você não quer que eu pare — Ele disse sério tentando me olhar nos olhos.

Bernardo estava tão próximo da minha boca que eu não acreditava que ia beijar um psicopata. Ele encostou seus lábios no meu e me beijou devagar mas com intensidade, eu coloquei minhas maos em seu peito tentando me soltar ou na tentativa de parar de beija-lo, mas era impossível, parecia que meu corpo queria isso.
Bernardo me soltou e minhas pernas descerem pelo seu corpo indo em contato com o chão. Ele me prendia com força como se não fosse me soltar e eu sinceramente não queria que ele me soltasse mais.
Parei de beija-lo porque faltou fôlego, ele percebeu e deu uma gargalhada, eu mordia os meus lábios de nervosismo.

— Eu preciso sair — Falei tentando recompor o ar que perdi.

— Pra onde você vai? Posso te levar — Ele disse rápido ainda perto de mim, sua cintura estava tão colada na minha que dava para sentir seu pênis, o que não estava nada mole.

— Não precisa — Disse saindo de perto dele.

— Você mora aqui sozinha? — Ele mudou de assunto olhando a minha casa.

— Não, com os meus pais — Falei sem dá muita importância.

— Tenho que ir agora, a gente se ver por aí — Ele disse olhando algo no visor do celular. Ele voltou em minha direção e colocou a mao na minha nuca, selando nossos lábios. Deu até vontade de rir, sabe? Em alguns minutos tava "querendo me matar" e agora me dando selinho para ir embora? Será que além de psicopata é bipolar?

— Ta — Falei sem dá muita importância, ele saiu da minha casa e eu me joguei no sofá. Meu Deus, que homem é esse? Maluco.

Meu celular vibrava em cima do sofá e nem percebi que o tempo passou, que eu sair com a Lua, capaz dela ter me deixado aqui.
Quando peguei o celular tinha muita mensagem do Lucca e da Lua, as da Lua era me xingando e do Lucca perguntando onde eu tava que a Lua estava louca, li rindo todas as mensagens.
Liguei para Lua e ela disse que ainda estava me esperando em casa. Subi correndo para o quarto e só troquei de roupa, sou porca que não tomo banho e a Lua também não iria me esperar. Botei um vestidinho e uma sandália qualquer, soltei meu cabelo e peguei minha bolsa. Que não tinha quase nada de dinheiro e um cartão que meu pai me deu, pelo menos isso...
Sai de casa e fui de encontro com a Lua que já estava vindo em minha direção com o Lucca no carro, Lucca estacionou do meu lado e entrei no carro.

OBSESSÃO. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora