Capítulo 31

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Bernardo.

Eu estava nervoso, por ter uma menina nas minhas costas que também tá correndo perigo e por ter anos que não pego em uma arma. Eu já fui bom um dia, hoje não mais. O choro da Malu se intensificou, pude sentir sua lágrima quente cair nas minhas costas, eu estava sem camisa pois minha blusa estava com ela... Algumas vezes saia um som de choro abafado. Minhas pernas já doíam, não sabia que a Malu era tão gorda.

Já estávamos ali tem 10 minutos e nada. Só conseguíamos escutar passos fora de casa, bem perto de porta, eu conseguia ver uma sombra passando.

— Malu, desce das minhas costas — Pedi e assim ela fez.

Nunca me senti tão aliviado. Literalmente tirei um peso das costas.

— Bernardo, coloca ela de novo — Augusto pediu e escutei um barulho enorme vindo da porta.

Olhei rapidamente para o lado e vi a porta da sala cair em um chute. Senti novamente um peso nas minhas costas, me desequilibrei e cai de joelhos no chão, Malu caiu deitada em mim frente. Meus olhos foram para porta onde estava três homens, mas só um deles estava com a arma na mão. Me levantei rápido apontando minha arma para um deles e puxei a Malu pelo braço que levantou tão rápido quando o flash. Ela foi para trás da parede que havia no corredor.

— Eu não quero machucar ninguém — Disse um homem alto apontando a arma para o Augusto.

— E eu não quero machucar nenhum dos três, então abaixa a arma — Falei.

— Aproveita que ele tá pedindo com educação — Augusto gargalhou.

— Eu só vim fazer um pedido do chefe, você sabe o que ele quer, não preciso tá repetindo a merda daquele discurso e tenho certeza que você não quer ouvir. Sim ou não? — Perguntou o do meio, me fazendo sorrir.

Olhei para trás e a Malu chorava baixo, olhei para ela e para uma porta no final do corredor. Ela concordou a cabeça e correu até o quarto, esperei até ela fechar a porta e voltei a apontar a arma para um dos homens, eu nem sabia se conseguia mirar em um deles.

— Não — Puxei o gatilho que pegou de raspão no ombro do menor, parecia ser o mais novo, uns 17 anos, estava assustado.

Sua mão foi até seu ombro nu.

— Você já foi melhor, não sei porque dizem que você foi bom — Debochou o mais alto, o que fez meu sangue ir na cabeça. Eu sou bom! — Pegue a garota — Ordenou para o homem ao seu lado direito que andou em minha frente.

— Eu não queria bagunçar a minha casa, eu demorei tanto para arrumar e eu acho bom vocês consertarem essa porra de porta...—  Choramingou Augusto guardando a arma na cintura e indo em cima do que achava que iria pegar minha mulher.

Os dois já estavam se batendo e só sobrou um pra mim, já que a outra mocinha correu para fora de casa. Ele guardou sua arma na cintura e eu não guardei a minha, nunca fui bom com as mãos e não vai ser agora que depois de velho vou ser. Minha arma faz por mim, não sujo as mãos com ela.

— Vamos, não seja covarde, guarde a arma — Levantou seus braços na altura do rosto.

— Você fala mais que uma mocinha — Sorri e fechei meu olho esquerdo apontando a arma em seu peito, puxei o gatilho e ele caiu no chão, mas como vaso ruim não quebra, ele estava vivo.

Olhei para o lado e o viado do Augusto estava apanhando, ele estava no chão levando socos no rosto que depois vai precisar de uma cirurgia. Andei rápido até o homem e chutei com força, fazendo ele bater a cabeça no centro da sala e uns vidros caírem na mesma. Olhei e ele tentou levantar, pensei alguns segundos e pisei fundo em seu rosto, como uma barata e ele apagou. Segurei minha arma e tirei o cartucho, restou 5 balas, eu poderia gastar todas na cabeça dos três e essa era a minha vontade, mas a minha princesa estava aqui e eu não queria deixá-la mais assustada do que já estava com toda essa situação.

 Segurei minha arma e tirei o cartucho, restou 5 balas, eu poderia gastar todas na cabeça dos três e essa era a minha vontade, mas a minha princesa estava aqui e eu não queria deixá-la mais assustada do que já estava com toda essa situação

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— Vai ver a Malu — Disse para o Augusto e ele saiu limpando a boca de sangue.

Andei devagar até fora de casa e vi o moleque chorando com a mão no ombro, ele estava de costas para mim, segurei rápido na gola da sua camisa e o virei pra mim.

— Vou te dá 5 minutos para por os dois dentro do carro e sair daqui, ou eu mato os três — Gritei e o menino saiu correndo pra dentro de casa, acompanhei seus passos e os dois estavam desacordados.

Um deles tinha o dobro do peso do menino, com muita dificuldade ele conseguiu arrastar os dois para o carro, fiquei na porta vendo se ninguém passava ou suspeitava de algo.

— E avisa ao Don que a minha mira ainda esta a mesma, agora vaza daqui moleque — Gritei apontando a arma para ele que saiu correndo para o carro.

———

Não me matem! Eu sei que não avisei e que fui irresponsável e a falta de compromisso também conta, mas estou fazendo o máximo para postar, não vou parar de escrever pra vocês, porque adoro, mas o tempo tá corrido na escola e no curso para o enem, é meu último ano! Mas uma boa notícia, amanhã não tenho aula, paralisação aqui! Enfim, quero andar um pouco rápido com a história. Me perdoeeemmm, um beijo ❤️

OBSESSÃO. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora