Capítulo 46

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Capítulo 46

Bernardo.

Passei a mão na cama e não encontrei a Malu, me levantei rápido e sai correndo do quarto, quase cai nas escadas. Dei de cara com as duas sentadas na mesa, comendo e comportadas.

— Papai! — Maria Sofia desceu da cadeira e correu até mim de braços abertos, a peguei no colo e ela me abraçou.

— Ela me acordou cedo para fazer biscoito, desculpa amor, esqueci de te chamar — Malu falou rindo.

— Vem papai, eu fiz biscoitos para o senhor, mamãe me ajudou um pouco — Falou balançando as pernas para eu por ela no chão.

— Eu já deveria está na empresa, meu pai vai me matar e você deveria está na escola — Falei para Sofia que fez bico.

— O senhor disse que poderia ir trabalhar com você na empresa hoje, que iria me levar e o vovô deixou — Falou me dando um biscoito, peguei e joguei na boca.

Estava uma delicia.

— Eu disse? — Cocei a cabeça.

— Bernardo, você prometeu! Eu tenho que ir agora, eu te pego mais tarde para aula de ballet filha — Malu deu um beijo na Sophia e me deu um selinho saindo de casa.

— Tchau mamae — Acenou rápido. — Agora é só nós dois papai, vamos lá, irei ser sua chefe hoje, siga-me — Disse andando na minha frente só de calcinha e rebolando, o que me fez rir alto.

5 anos se passaram e ela estava cada vez mais esperta. Maria Sofia estava com 5 anos e pessoas perguntavam se tinha mais por ser tão esperta... Tanta coisa mudou na minha vida, Malu terminou a faculdade e da aula de dança, ensina ballet para as criancinhas o que me deixa irritado sempre que vou, pois não sei como ela tem tanta paciência. Meu pai acordou do coma depois de 6 meses e parece que voltou mais doido. Augusto está casado, Lucca e Lua casaram tambem... O único que ainda estava "namorando" era eu. Eu não tive muito tempo para pensar em casamento, eu mal paro em casa agora, Sofia é meu carrapato! Dom nos deixou em paz, nunca mais ouvimos falar e boatos estavam falando que estava morto... Decidi não me envolver pois agora tenho uma pestinha para cuidar, que da muito trabalho.

— Mamãe separou uma roupinha especial para ir hoje — Falou mostrando.

— Vamos, vou te dá banho, estou atrasado — Falei pegando ela no colo.

Tirei a "caçola" dela e coloquei em baixo do chuveiro, dei o sabonete para ela que ficou brincando com a espuma.

— Pai, minha mãe canta enquanto eu to tomando banho — Bateu o pé.

Eu mereço.

— Filha, eu não sei cantar — Falei sentando no vazo sanitário e ela fez cara de choro.

— Um, dois, três indiozinhos — Cantei e ela dançou.

— Quatro, cinco, seis indiozinhos — Gritou e eu me contorci.

Puxou a Lua.

(...)

Cheguei na empresa junto com a Sofia e cada passo era uma pessoa falando que ela estava grande e linda, blablabla.

— Sr Miller, hoje o senhor... — A minha secretária falou e a Sofia interrompeu.

— Eu sou a secretaria hoje, pode me dá os papéis tia — Falou esticando os braços e eu ri alto fazendo todo mundo me olhar. — Papai, eu não sei ler direito ainda, se eu falar algo errado não rir não — Falou andando na minha frente.

— Tá bom... Tá bom! — Andei atrás dela.

— Hum... Que palavra é essa? — Perguntou e eu olhei no papel.

— Apropriado — Falei e ela repetiu.

Ela tentava ler, mas ainda não sabia ler tudo, só algumas besteiras.

Ela tentava ler, mas ainda não sabia ler tudo, só algumas besteiras

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OBSESSÃO. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora