Malu.
Terminamos de comer e fomos direto para casa. Minha cabeça não parava de doer, estava deitada na cama pensando em como tudo ia ser de agora em diante! Meus pais... Minha família, não sei o que iam pensar de mim, eu nunca fui a queridinha e depois dessa já era tudo.
— Você quer algo? — Falou Bernardo na porta do quarto me fazendo despertar dos pensamentos.
— Acabamos de chegar, o que eu queria? — Falei dando ombros.
— Ué Malu, você tá grávida e eu sei que gravida tem desejos — Disse entrando no quarto... Não consegui esperar ele terminar e já dei gargalhada. — Qual a graça? — Falou sério, estava em pé ao lado da cama.
— Não é assim tão rápido! Eu acabei de descobrir, o bebê nem formado está, eu não estou com nenhum desejo Be — Consegui falar entre as risadas, ele soltou uma gargalhada junto com a minha.
— Ah, eu não sei Malu — Deitou devagar por cima do meu corpo sem por seu peso.
— Fica com ele por mim, eu prometo que cuido direito de vocês dois dessa vez, eu vou ser um bom pai, eu ja estou velho, quero um filho, quero você! Eu não sabia nem o que era amor, Malu... Logo eu! Eu estou apaixonado por você e agora você tá grávida, vamos ter um filho, eu sei que não foi na hora certa, mas porra, é meu filho, filha... Eu não sei, mas por favor não tira nosso filho — Implorou olhando em meus olhos, as lágrimas caíram devagar dos meus olhos, ele passou o polegar limpando.— Eu vou ter nosso bebe, Be! — Tentei limpar as lágrimas que insistiam em cair.
Bernardo apertou devagar minha cintura e levou sua boca até a minha, nossos lábios se encostaram e pus minhas maos na sua nuca. Ele me beijou devagar, um beijo cheio de saudades e desejo. Ele colocou a mão na barra da minha blusa para subir e eu interrompi, escutei ele "bufar" e logo em seguida soltou um sorriso que dava para sentir seu hálito fresco e quente. Bernardo é um homem maravilhoso! Não sei antes, mas agora sim.
— Eu amo você — Passou a mão em meu cabelo cacheado.
— Vocêsss — Enfatizei no plural.
— Isso, vocês — Passou a mão na minha barriga e meu coração disparou.
Ficamos por um bom tempo trocando só carícias na cama e conversando sobre como iríamos contar para o meu pai, Bernardo ainda estava bem triste por conta do Diego. Eu estava com um pouco de medo, sempre tem algo de ruim nos acontecendo, que sei lá!
Bernardo.
Nunca estive "feliz" desse jeito, eu tinha tudo que eu queria agora, só faltava meu velho acordar para saber que iria ser avô, imaginei o quanto ele ficaria feliz. Decidi resolver as coisas da empresa, pois já ia voltar a trabalhar, não dá para deixar tudo nas costas do Augusto, ele não dá conta nem da própria sala, imagina da minha empresa.
Li alguns contratos bobos, nada de interessante e já estava quase na hora de jantar, escutei minha barriga roncar e já que eu não estava mais fazendo greve da comida da Malu, iria pedir mesmo. Desci as escadas e ela estava comendo brigadeiro, assistindo programa de dança, sei lá que porra era aquilo... Me joguei ao seu lado e fiz cara lisa.— Porque tá me olhando assim, amor? — Perguntou sem ao menos tirar os olhos da tv.
— É que eu... — Fui interrompido.
— Você está com fome, eu já sei — Falou como vidente.
Maria Luíza, a vidente.
— Como caralho voce sabe? — Perguntei.
— Já está anoitecendo e você comeu no almoço, você só vive comendo então dá para deduzir — Sorriu e me olhou me dando um selinho demorado. — Chama os meninos para comer aqui, Lua também, na última vez não deu tão certo — Falou suspirando triste.
— Tudo bem, mas vai demorar muito? Eu te ajudo se quiser, mas você sabe que eu não sou tão bom para fazer comida — Disse e ela riu negando com a cabeça.
Ela se levantou e foi indo para cozinha terminando de comer seu brigadeiro, peguei meu celular para providenciar de ligar para meus amigos, liguei o mais rápido possível pois minha fome estava de matar.
———
POSTEIII, finalmente né! Leiam o que vou postar depois, espero que participem e gostem!!!
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OBSESSÃO. (Finalizada)
Romance• Conteúdo adulto Maria Luíza Reis, uma garota inteligente e muito determinada. Sempre morou com os pais, sendo assim muito mimada e por ser filha única acabou piorando, sempre teve tudo que queria. Nunca fez suas escolhas sozinhas, sempre com os pa...