Higor.Eu já estava pronto para atirar, posicionado em um apartamento no último andar do bairro, minhas maos suavam e meu coração batia rápido, não queria fazer... Eu só tenho 15 anos.
— Vamos porra, ele vai sair — Gritou um dos homens me dando um susto.
Apertei o gatilho e um grande barulho foi ouvido. Joguei a arma no chão sem acreditar no que tinha feito e todos comemoraram.
— Honrou o nome do teu pai moleque — Ouvi e senti um aperto em meu ombro.
Eu matei o inimigo do meu pai. A única coisa que o meu subconsciente falava.
Bernardo.
Eu estava deitado em uma cama de hospital tentando lutar pra continuar com os olhos abertos, mas estava difícil. Escuto os gritos da Malu e da Sofia no fundo, a única coisa que me faz manter "acordado".
Eu não iria morrer e deixar minha mulher nesse mundo sem mim.A dor no meu peito era enorme, senti algumas agulhas no meu corpo... Tava difícil de respirar, sentia meu coração diminuir a cada minuto que passava.
Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi a Malu a alguns metros de mim, estávamos separados por um vidro. Seus olhos estavam inchados, procurei a Sofia e não encontrei.
— Eu te amo — Tentei falar com um sorriso no rosto.
Malu me olhava pelo vidro e estava prestes a quebra-lo. Dei meu último sorriso. Senti que seria a última vez que iria respirar. Minha vista voltou a ficar escura... Escutei o barulho do monitor que estava ligado ao meu braço, inclinei minha cabeça para o lado e a única coisa que eu vi foi os médicos pegarem a máquina para me reanimar.Malu.
Eu o vi morrer! Eu estava lá, eu não pude fazer nada, a não ser gritar para que pudessem salvá-lo. Todos do hospital olhavam para mim com cara de pena, me abaixei e me encolhi nas minhas pernas, cruzei os dedos e rezei para tudo ser um grande pesadelo.
O homem da minha vida estava morto.
Minha cabeça doía e meu peito apertava, como se alguém tivesse apertando até esmagar. Tudo passou como um filme na minha cabeça.
A primeira vez que o vi no banheiro da festa e como ele me perseguiu. Eu sempre o amei.
Vi a Sofia correr até mim e me abraçar forte, ela ficou pulando tentando ver sob o vidro alto.
— Mãe, não chora! Meu pai está só dormindo, eu vi agorinha — Secou minhas lágrimas e voltou a me abraçar.
Ele não estava dormindo, ele estava morto.
FIM.
14/08/16
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OBSESSÃO. (Finalizada)
Romance• Conteúdo adulto Maria Luíza Reis, uma garota inteligente e muito determinada. Sempre morou com os pais, sendo assim muito mimada e por ser filha única acabou piorando, sempre teve tudo que queria. Nunca fez suas escolhas sozinhas, sempre com os pa...