OBSESSÃO. (Finalizada)

Capítulo 40

Bernardo.

Não dava para acreditar que tudo isso era verdade, parecia um sonho e eu já tinha visto coisas piores, mas meu pai no hospital em coma, minha namorada estuprada na minha frente, não dá pra acreditar... Tentei ocupar minha cabeça com algo, mas a imagem da Malu gritando meu nome, caralho, a raiva sobe na cabeça. Tenho vontade de matar todos a minha volta sempre que penso nisso, quando levei meu pai no hospital marquei consulta e exames para ela, não quero que ela tenha alguma doença ou sei lá que porra mais pode acontecer.

(...)

Passei a mão no lado direito da cama na esperança de sentir o corpo da Malu e não senti nada, abri os olhos e vi que ela não estava na cama, meu coração acelerou e me levantei rápido. Abri a porta do quarto e dei de cara com ela que se assustou.

— Ai amor, que susto — Colocou a mão no peito e sorriu.

— Porque saiu da cama? Tá cedo, volta a dormir que mais tarde vou te levar ao médico, eu já disse — Falei.

— Eu vou para faculdade, eu já disse, hoje é sexta, mas tem aula — Disse me empurrando para o lado e entrando no quarto, Malu foi tirando a roupa e jogou no chão, ficando só de calcinha e sutiã na minha frente.

Impossível não ficar de pau duro desse jeito.

— Hum, tá — A única coisa que saiu da minha boca.

— Você é um safado Bernardo Miller — Sussurou e saiu do quarto indo em direção ao banheiro, meus olhos acompanharam sua bunda redondinha.

Como não levei nenhuma roupa, eu iria ficar sujo mesmo, irei ficar com o meu pai no hospital enquanto a Malu fica na faculdade, não quero deixá-la sozinha nem por um minuto... Não dá pra seguir a vida desse jeito, com gente querendo matar todos que tão próximo de mim, o único jeito seria voltar, eu penso nessa possibilidade, mas não dá pra pensar só em mim, Malu surtaria e sumia da minha vida de vez.

— Estou pronta! — Apareceu atrás de mim.

— E cheirosa — Me virei e cheirei seu pescoço fazendo ela se encolher e rir.Malu se desfez de mim e mexeu em alguns bagulhos pelo chão, procurando algo.

Me deitei na cama novamente e observei seus movimentos. Ficou mexendo por um bom tempo e me perguntei se não estava cedo demais, não vi o sol nascendo então deve ser uma 5:00 horas da manhã.

— Caramba! Me ferrei — Bateu o pé enquanto lia algo no celular.

— O que? — Perguntei erguendo a sobrancelha.

— Hoje todos os alunos precisa criar uma coreografia solo e apresentar, eu não criei nada, eu não sei, vou ficar na matéria — Choramingou.

— Só você inventar na hora, não deve ser tão difícil, você só dança na faculdade — Falei e ela me lançou um olhar matador.

— Só danço? — Cruzou os braços.

— Ué Maria Luíza, sua faculdade é de dança e você só dança, to errado? — Soltei uma risada e ela jogou o celular em mim.

Segurei seu celular e olhei na tela, 5:15 ainda! Malu acordou pra estudar hoje, nunca acorda essa hora... Comecei a mexer no seu celular e chegou uma mensagem do "Icaro". Abri sem pensar duas vezes e tinha "vai hoje?".

"Vai hoje?" Vai pra onde?

— Quem é Icaro? E você vai pra onde? — Perguntei e ela me olhou rindo.

— Que homem curioso, larga meu celular Bernardo — Disse em tom de brincadeira o que me estressava.

— Não respondeu minha pergunta — Falei e ela me olhou deitando na cama ao meu lado.

— O da faculdade que eu te apresentei, não lembra? —

Não.

Segurei seu cabelo com a mão direita e enrolei dando uma volta, puxei até mim e ela soltou um gemido baixo de dor, fiz ela ficar com a boca perto da minha.

— Se eu souber que você está me traindo, eu te mato, tá ouvindo? — Falei afrouxando minha mão em seu cabelo.

— Ai Bernardo! — Gemeu. — Já te disse que é o garoto da faculdade — Falou me dando um murro no peito.

— Para de gracinha — Segurei seu braço e a puxei pra cima de mim. Passei a mão no seu corpo e parei na sua bunda, acariciei devagar e não senti sua calcinha. — Está sem calcinha? —

— Não, só não dá pra sentir, porque se eu por grande vai ficar marcando — Falou com vergonha.

Dei um tapa de leve e fiquei acariciando, queria mesmo era rasgar tudo aquilo... Ficamos trocando carícias e beijos até da a hora de ir.

(...)

— Eu venho te buscar! Qualquer coisa me liga. — Falei enquanto ela descia do carro.

— Tá, te amo — Me deu um selinho demorado e saiu.

Esperei ela entrar na faculdade e da uns 20 passos para saber que estava segura mesmo. Dirigi até em casa, precisava tomar um banho para relaxar a cabeça, estacionei o carro e desci do mesmo... Entrei em casa e estava tudo como antes, um silêncio que só minha casa tinha.