OBSESSÃO. (Finalizada)

Capítulo 18

Malu.

Segunda-feira! Finalmente. A semana passou correndo e não tinha nada de interessante, a única coisa que eu fazia nessa apartamento era olhar o Bernardo chegar todos os dias, era o único canto que eu podia ver. Ele me ligou uma vez e eu não atendi, não ia ser assim tão fácil, acho que ela já tá com outra. Augusto me ligou algumas vezes perguntando como eu estava, ele está bem próximo de mim, é meu único amigo, eu contava tudo pra ele, ele nem fala com o Bernardo comigo, mas o que eu queria mesmo era perguntar se ele já está com outra. Matheus? Ele sumiu, eu o procurei e ele não me atendeu, passei em sua casa em um horário que o Bernado estava trabalhando e ele também não estava, estranho... Mas eu acho melhor a gente se afastar um pouco, eu tenho medo do Bernardo, medo dele fazer algo com o Matheus. Mas depois de todo esse tempo, ele ainda não me procurou, acho melhor esquecer.

Lua quase sempre esta aqui depois da faculdade, minha única companhia. Ela tomou coragem e contou para os pais do Lucca e agora tão namorando! Sou a única encalhada nessa vida.

As aulas começavam de 7:30! Acordei cedo porque não sabia a roupa que ir no primeiro dia, não sabia nada. Vi no horário das aulas e creio que todas as aulas seriam teóricas. Fui ao banheiro, tomei um banho rápido e logo em seguida coloquei uma calça jeans, uma blusa arrumada e uma sandália. Comi uma maçã rápido e escovei os dentes, me olhei no espelho e acho que não estou tão arrumada, tomara que eu não esteja tão feia. Peguei meu celular e só faltava meia hora, peguei minha bolsa com os materiais e sai correndo do apartamento. Tranquei a porta e fui até o elevador. Recebi uma ligação, Augusto essa hora?

— Você não dorme? — Falei apertando no botão do elevador.

— Esqueceu que eu trabalho? — Falou rindo. — Estou saindo de casa agora, e aí, como você tá? —

— Com frio na barriga. — Falei saindo do elevador.

— Só liguei pra te desejar boa aula —

— Tomara que eu tenha, bom trabalho, to indo Guto, beijo —

— Beijo Malu — Desligou.

A faculdade era umas 4 ruas da minha, não sei ao certo, mas não têm pra que pagar 3,15 para ir de ônibus. Fui andando mesmo, passei na frente do condomínio do Bernardo o que me deixou com mais frio na barriga ainda, passei os olhos e vi ele saindo com o carro, acelerei meus passos para ele não me ver. Vi seu carro preto passar do meu lado, ele não parou. Olhei para frente e as luzes traseiras ficaram vermelha, ele freou e desceu do carro.

"Não acredito"

Ele estava atrasado para o trabalho, ele veio para calçada ficando na minha frente.

— Quer uma carona? — Bernardo falou como se nada tivesse acontecido.

— Não precisa — Continuei andando e ele atrás, seguindo meus passos.

— Eu vou passar na frente, porque não pode ir comigo? — Perguntou e segurou na minha mão me fazendo parar de andar.

— Não precisa mesmo, está bem ali na frente, eu já estou perto — Falei olhando para ele que estava tão cheiroso. O vento batia contra ele e o cheiro do perfume vinha todo para o meu nariz.

— Eu insisto — Falou soltando minha mão. — Uma carona não mata ninguém — Continuou.

— Tá — Falei e nós voltamos para o seu carro. Eu entrei e nem coloquei o cinto, a faculdade já era perto.

— Como é morar sozinha? — Perguntou saindo com o carro.

— Já sabe que estou morando aqui? — Perguntei.

— Não respondeu minha pergunta — Me olhou e eu suspirei. Cavalo!

— Legal — Falei dando ombros.

— Você e Augusto estão bem amigos, ele comentou comigo — Bernardo parou em frente à faculdade.

Borboletas estavam brincando em meu estômago.

— É, estamos! Obrigada — Falei abrindo a porta.

Bernardo segurou na minha bolsa e puxou, me fazendo sentar de novo.

— Eu não te procurei porque achei que você quisesse um tempo pra pensar, mas eu penso em você Malu, todos os dias. Eu preciso que volte, que volte pra mim. Eu mudo, eu faço o que você quiser — Bernardo falou me olhando nos olhos, ele levantou sua mão e passou no meu rosto, ele acariciava com o polegar.

Ele me puxou mais pra perto, meu coração batia tão rápido que eu quase tive um treco. Nossos lábios estavam tão perto, parecia passar em câmera lenta, eu não conseguia sair.

Seus lábios encostaram no meu e escutamos meu celular tocar, afastei rápido e era o alarme. Ótimo! 7:30.

— Preciso ir, vou me atrasar — Falei rápido saindo do carro. Minhas pernas estavam bambas.

— Eu te ligo — Ele gritou e eu para da uma de difícil não virei para trás.

Sai correndo que nem louca, perguntei ao moço que estava na porta onde era o bloco. Como eu tenho muita sorte, era o último! Que ótimo Malu, ótimo. Atrasada no primeiro dia de aula.

Corri e todos me olhavam, será que eu estava achando que era tipo colegial? Continuei a correr e cheguei no bloco, peguei meu papel e olhei a sala, rodei tudo e não encontrei. Continuei a correr e bati em uma menina de pele clara.

— Me desculpe — Falei. — To perdida! Você sabe onde é essa sala? — Falei mostrando o papel.

— A mesma que a minha — Falou me olhando. — Vem! — Ela falou rápido e saiu me puxando. Tem uma cara de louquinha.

— Sou nova também — Falou e eu me senti aliviada, a porta estava fechada.

Nós duas nos olhamos e ela bateu na porta, pediu licença e a professora boazinha nos deixou entrar. Todos me olhavam, olhei para toda a sala e tinha tanta menina! Alguns homens, quase nada e os que tinham pra mim tem cara de ser gay, não sei.

A garota que eu trombei me puxou e nos sentamos no meio da sala. A professora não tinha começado a aula ainda, ela se apresentou e ela ensina Antropologia da Dança. No decorrer da aula, não parava de chegar gente, o tempo todo tinha alguém entrando.

Já estou me sentindo a universitária!

A professora explicava e escrevia, já tinha até livros para comprar. Mas eu estava animada para as aulas teóricas, aquelas matérias que iam me fazer dançar! Eu realmente estou empolgada.

Meu amores, foi pequeno mas ainda vou postar mais, só que mais tarde! Espero que tenham gostado, qualquer crítica construtiva podem fazer nos comentários, adoraria saber, a opinião de vcs é muito
Importante para mim! Beijos ❤️

27/04/16