Capítulo 8

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Malu.

Sério, porque Deus não fez do Bernardo um homem normal? Que podia curtir só um sexo normal? Mas para ficar tudo bagunçado, Deus fez isso com a minha vida.

Um homem que eu queria beijar, outra hora me deixava mal, algumas vezes carinhoso, como posso entendê-lo?

Ainda por cima transa com várias mulheres e eu ainda sim tratava ele bem... Não tão bem, mas ele não merecia uma Malu boa.

Eu não parava de pensar no meu pai, nem ousei pedir meu celular de novo, vai que ele surta e quebra? Amanhã cedo eu iria para casa e tentar conversar com o Bernardo, pelo menos uma vez na vida! Ele ja tem 26 anos e eu só uma garota tentando começar uma faculdade com 19.

— Luíza, você está no banheiro tem meia hora — Ele bateu na porta do banheiro, me fazendo pular de susto.

— Já estou saindo — Falei desligando o chuveiro.

Bernardo me deu uma blusa e uma cueca boxer, ele insistiu para eu tomar banho, insistiu não... Mandou. Já estava na hora de tomar banho, eu estava suada por causa do calor e grudenta também, era minha única opção.

Coloquei sua cueca que ficou parecendo um short, ri baixo me olhando no espelho de cueca. Coloquei meu sutiã e sua blusa com mangas por cima abotoando todos os botões que havia ali, a camisa dele estava um palmo a cima do meu joelho, estava bem longo.

Amarrei meu cabelo e abri a porta com minhas roupas na mão, Bernardo estava sentado na ponta da sua cama, me olhando.

— Eu tento me controlar o máximo perto de você e eu não to conseguindo agora —  Ele disse sem tirar os olhos do meu corpo, fiquei com vergonha.

A gente mal se viu e eu ja estou com a roupa dele no corpo?

— Então para de me olhar — Falei chegando perto dele, coloquei minha mão direita em seus olhos, tapando sua vista.

— Você esta com meu cheiro — Ele levantou e colocou seu nariz em meu pescoço, me cheirando.

Ele me deixava com as pernas bambas e eu não podia dá nenhuma pista. Mas era quase impossível de não perceber, acho que meu rosto ficava de todas as cores por vergonha.

Bernardo passava seus lábios em meu pescoço e cheirava, sua mão percorria por todo meu corpo.

Me afastei um pouco dele que parecia se divertir com toda a situação, ele sabia como me deixava.

— Eu vou tomar banho — Ele falou e saiu para o banheiro.

Me deitei na cama dele que era tão macia, imaginei quantas mulheres ele já trouxe para deitar nela. Quem sou eu para pensar nisso, não posso ficar com ciuminho do Bernardo, um cara que é psicopata e louco, também não tenho nada com ele. Sinto uma quedinha por ser tão lindo e o quanto fica maravilhoso nervoso, quando passa suas mãos em seu cabelo como se fosse achar alguma solução.

— Eu sei que você pensa que eu vou te estuprar se você dormir, mas não sou capaz de fazer isso com você. — Bernardo falou passando a mão nos cabelos para tirar a água, ele estava enrolando na toalha e ainda bem que eu estava deitada.

Eu olhei por inteiro e parei em sua barriga, engoli seco. Balancei a cabeça positivamente sem dizer nada e todas as luzes se apagaram da casa!

Meu coração foi na boca e voltou, logo agora tinha que faltar energia? Obrigada senhor das energias.

— Bernardo! — Gritei me agarrando no cobertor.

— Calma, eu estou aqui — Ele puxou meu braço esquerdo, me levantei e segurei em sua mão. Eu estava com tanto medo, aquela casa enorme, parecia muito coisa de terror.

— Vamos dormir, eu tenho medo do escuro — Falei e ele riu.

— Porra, você com essa idade devia ter vergonha —

— Vamos dormir — Falei com medo.

Bernardo estava de cueca, dava para sentir, ele deitou da cama e eu não largava sua mão por nada. Não deitei tão perto dele, mas o que eu queria mesmo era me enfiar em baixo do seu braço e ficar mais encolhida do que tudo. Estávamos um pouco separado na cama, mas eu segurava sua mão com força.

— Malu, não tem como eu dormir com você apertando minha mão — Ele falou e eu afrouxei um pouco. — Vem aqui — Ele disse puxando minha mão.

Ainda bem que ele pediu, eu estava quase me entregando. Pulei para perto dele, estava tão quente, fiquei encolhida em seus braços que me apertava. Bernardo me cobriu e de vez enquando acariciava minha perna, ele tentava subir por baixo da blusa e eu batia em sua mão.

— Que horas será que volta? — Perguntei.

— Eu não sei, mas preciso dormir, amanhã trabalho cedo na empresa — Ele disse em um tom de cansado. — É difícil conseguir dormir com você do meu lado, com minha blusa —

— Dorme Bernardo, só dorme — Sussurrei e ele soltou uma gargalhada, era difícil belo sorrir sem ser deboxada, sorrir por algo que deixasse ele feliz.

— Boa noite — Ele disse procurando meus lábios com os dedos. Quando achou senti sua respiração ficar tão perto.

— Espera — Coloquei a mão em seu corpo e ele parou.

— O que? — Ele disse.

— Você me beija e transa com outras mulheres? —

— É diferente Maria Luíza, elas são uma diversão —  Ele falou abrindo minhas pernas, ficando entre elas, ele encaixava tão bem que dava para sentir T-U-D-O! Abaixou seu corpo e sua boca ficou perto da minha.

— E eu sou o que? — Perguntei e deu para escutar o barulho da sua garganta engolindo uma saliva, estava um silêncio.

— Eu já estou bem velho para ficar com essas bobagens de romance e amor, que vocês meninas sentem. — Ele falou e saiu como um soco em minha cara.

Suspirei e empurrei ele devagar, fechando minhas pernas, me afastei para onde eu tava na cama e me enrolei no cobertor.

— Ah Malu, qual é... — Ele falou batendo em algo, que eu não sabia o que era.

Fiquei em silêncio e fechei meus olhos na tentativa de dormir o mais rápido possível ou pelo menos da energia voltar, para tirar o medo que eu estava sentindo. Bernardo resmungava para ele só escutar, eu sei que ele queria quebrar tudo naquele quarto naquele momento. Ele tem o dom de estragar com tudo.

                        Meus amores, me digam o que acharam da capa nova do livro! Gosto de ler o comentário de vocês, fico animada para escrever ❤️

OBSESSÃO. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora