OBSESSÃO. (Finalizada)

Capítulo 12

Malu.

Bernardo esta encostado no carro, ele é tão psicopata que me queria toda para ele. Eu acho que estou apaixonada, mesmo ele sendo grosso... Mas tá na cara que o Bernardo tem um coração bom, pelo menos eu acho.

— Dorme comigo hoje? Não foi tão bom na primeira vez — Bernardo perguntou.

— Meus pais acabaram de te conhecer e você já viu que meu pai não é coisa boa — Falei e ele me puxou para abraçá-lo.

Encostei minha cabeça em seu peito e ele passava a mão em minha cintura, as vezes descia para minha bunda e eu era obrigada a subir sua mão.

— Inventa uma desculpa mais uma vez, eu quero você comigo hoje, te deixo em casa amanhã — Disse acariciando meu cabelo.

Pensei direitinho e eu não tinha nada a perder, não é? Fui correndo em casa e meus pais estavam na sala conversando. Não ia ser uma tarefa fácil convencer meu pai de dormir na casa do Bernardo.

Fui em meu quarto e arrumei uma bolsa com algumas roupas, passei na sala e meu pai já foi falando.

— Aonde pensa que vai? — Meu pai perguntou com uma voz nada boa.

— Vou dormir na casa do Bernardo — Falei rápido e meu pai já ia falar algo. — Preciso tá na faculdade de 6:00hrs em ponto para fazer a matrícula e a casa do Bernardo é mais perto — Menti.

— Que bobagem Felipe, ela já tem 19 anos — Minha mãe falou e ele queria matar as duas.

— 19 anos? O que tem ela ter 19 anos? Ainda é minha filha — Ele gritou.

— Vou poder ir ou nao? — Perguntei estressada.

— Vai filha e use camisinha — Mamãe gritou e meu pai levantou incrédulo.

Sai correndo e escutei um grito enorme do meu pai, entrei no carro do Bernardo rápido que fez o mesmo e saiu de lá cantando pneu. Olhei para trás e meu pai estava na porta de casa me procurando. Eu estaria frita depois.

— To frita — Falei e encostei a cabeça no banco fechando os olhos.

— Relaxa Malu — Bernardo disse concentrado na pista.

— Não vai ter nenhuma prostituta na sua casa não? — Perguntei erguendo a sobrancelha.

— Elas não são prostitutas e não vão estar — Falou sério.

— Não são prostitutas? — Perguntei irônica.

— Não — Bernardo falou grosso.

Estacionou o carro em sua casa e pude ver o Matheus chegando em casa. Bernardo percebeu meu olhar e me olhou com uma cara muito feia, poderia jurar que era fome.

— Você não vai — Falou abrindo a porta do carro.

— Você não manda em mim — Falei abrindo a porta também.

Senti o Bernardo segurar meu braço e me arrastar para dentro de casa. Mais uma vez, arrastada.

— Você precisa parar — Falei soltando meu braço pela milésima vez.

— Você precisa parar de ficar falando com esses caras — Ele gritou jogando a chave do carro em uma mesa.

— Esses? Só foi o Matheus — Falei no mesmo tom que ele.

— Maria Luíza, eu já disse pra não gritar comigo — Bernardo falou me olhando, estava bem na minha frente, seu rosto estava vermelho e dava para ver em seus olhos o quanto estava com raiva.