Capítulo 42

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Bernardo.

Tudo na minha cabeça parecia processar devagar, eu não estava pronto para ser pai, mas eu não iria negar um filho... Veio em péssimas horas, eu precisava pensar. A Malu ainda tem um futuro todo pela frente, os pais dela vão me matar ou só o pai dela.

— Eu vou deixar vocês a sós, aqui o exame — Me entregou e saiu.

— Eu vou deixar vocês a sós, aqui o exame — Me entregou e saiu

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— Você tá grávida... — Falei para mim mesmo.

— Eu sei, já que estamos aqui podemos ver em relação ao aborto — Falou enxugando as lágrimas.

Porra, aborto?

Uma garota mimada de 19 anos pensando nisso, eu já poderia imaginar... Qualquer mulher em sã consciência sabe que fez merda.

— Tá louca Maria Luíza? Você vai ter esse filho, você não tomou as pílulas? — Saiu quase em um grito.

— Eu não lembro, Bernardo! Eu não posso ter, eu não posso — Falou querendo chorar mais uma vez.

— Puta que pariu, você tá parecendo uma criança de 15 anos! Nós fizemos esse filho, você vai ter por bem ou por mal — Falei chutando uma cadeira que estava na minha frente.

Respirei fundo, pois minha vontade era de matá-la. Abri a porta da sala e sai andando em direção ao carro, pude ver ela ao meu lado enxugando algumas lágrimas do rosto. Entrei dentro do carro com a cabeça a mil, liguei o carro e encostei minha cabeça no banco por alguns minutos, esperei a Malu entrar no carro e segui para um restaurante, tava morto de fome e não ia comer a comida dela por birra.

Estacionei em um restaurante qualquer e desci do carro, comecei a andar e não vi Malu ao meu lado, parei e olhei para trás... Ela ainda estava no carro, de braços cruzados, voltei e a Malu ainda tava parada.

— Vamos, desce do carro — Abri a porta e tirei seu cinto, a puxei pelo braço.Ela estava quieta, triste. Nos sentamos em uma mesa e o garçom rapidamente chegou com um cardápio.

— Eu quero macarrão com salsicha — Terminei de falar e a Malu soltou uma risada.

— E a senhora? — Perguntou se referindo a Malu.

— O mesmo que ele — Sorriu para mim. — Vai pagar por macarrão com salsicha? Eu sei fazer — Terminou de falar quando o garçom saiu.

— Eu sei que você sabe — Falei sem dá muita importância.

— Nossa... Nós conversamos sobre isso depois — Falou colocando a mão sob a minha.

— Conversar o que? Fodeu comigo e agora quer abortar uma criança que não teve culpa? Esse assunto não dá pra engolir Maria Luíza, quero ver o que teu pai vai falar sobre tu abortar, o que tua mãe vai falar, porra, acorda, você não é mais criança! — Falei me alterando.

— Só um criança? Bernardo, eu amo crianças, mas olha só o pai que eu fui arrumar, eu fui estuprada, a gente não pode andar na rua sem ter medo de acontecer alguma coisa, imagina quando souberem que eu estou grávida, pensa um pouco! Eles vão me machucar mais uma vez e que eu me lembre você disse que eles não iam me machucar nunca, olha eu aqui, fui estuprada, estuprada Bernardo — Falou cuspindo todas as palavras na minha cara, o que me deixou bastante mal e sem palavras.

A comida chegou e nos comemos em silêncio, só escutava o barulho da respiração, nada mais. Lembrei que tinha ido ao hospital e nem se quer fui ver meu pai, que filho faz isso? Esquece de ver o pai? Eu estava louco, não tava dando pra pensar em nada, Malu gravida e querendo tirar o meu filho, tem a vida dela e a minha? Mas eu? O que eu faço? Trabalho em uma empresa, estou com minha vida ganha, eu iria convencê-la. Nós poderíamos nos mudar para longe, eu não sei, eu preciso pensar, eu a quero.

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Capitulo p vcs meus amores! Bem vinda as leitoras novas!!! To bastante feliz que o livro tá crescendo e vocês me fazem da risada lendo os comentários sobre esses dois. BeLu ❤️😘

OBSESSÃO. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora