Dia 15

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Acordei com Lobo lambendo minha cara. Por um segundo, quase esqueci onde estava. Não vi Alex dentro da casa, mas um gato dormia no sofá, ronronando alto.

Saí da casa com o sol batendo com força em meus olhos. Agora durante o dia, podia ver melhor o lugar. Uma mata densa em volta de tudo, uma lagoa logo adiante, e uma era verde escura crescia por tudo.

A casa estava circundada por cercas e algumas armadilhas de creepers, iguais as nossas na vila.

Dei a volta na casa, chegando numa mini fazenda com alguns porcos, galinhas e uma vaca. Alex alimentava os animais e um outro gato cavava a terra, estragando uma plantação.

Fiquei observando as galinhas, comendo calmamente. Às vezes eu penso que seria bom ser uma daquelas galinhas. Poderia ficar o dia todo, ciscando e passeando por aí, sem me preocupar com nada.

Foi então que um ocelote pulou do mato e nhac! Abocanhou a ave e saiu correndo com ela na boca.

Alex xingou na direção do bicho, mas pareceu não se importar muito, como se aquilo fosse rotina.

Tomamos nosso café da manhã em silêncio. Nós dois preocupados demais com nossos pais para puxar assunto. Mas no fim, minha curiosidade foi maior e perguntei:

"O que é que você fez ontem, com aquela coisa que saiu do enderman morto?"

"Ah!", ela exclamou, "Às vezes aquelas pérolas aparecem quando eles morrem. Dizem as lendas que são as almas dos enderman, condensados em uma pérola, e que por isso podemos nos teleportar com elas. Pena que só podemos usar cada uma, uma vez."

"Entendi.", respondi apenas, mas por dentro, maravilhado com aquela descoberta. Que outras coisas como aquela existiam no mundo?

"Para que lado você vai agora?", ela perguntou, depois de comermos. Eu já tinha começado a arrumar minhas coisas para continuar a busca.

"Não tenho certeza. Perdemos o rastro bem naquele rio."

"Eu também vou para lá. Vou seguir o rio indo para o mar. Não há nada além de montanhas na outra direção. Podemos ir juntos".

Tive de conter um sorriso de alívio ao ouvir isso, já que estava com medo de mais uma noite sozinho e de passar fome. Minha comida estava quase no final. Sem contar que eu não fazia ideia de onde deveria ir em seguida, e não conhecia nada daquele bioma selvagem.

Juntamos provisões, ela deixou um monte de comida para os animais e partimos. Mais um punhado de aventuras que me encheriam de medo.

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Oi gente! Espero que estejam gostando! ^^ Se eu ficar sem postar, podem me cobrar, tá, as vezes eu esqueço pq to trabalhando muito.

Logo vou começar a postar também meu novo livro chamado Turquesa, que conta a história de uma sereia, então sigam o perfil pra ficar de olho. 

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