Continuamos nossa caminhada pela caverna de forma silenciosa. Por um lado, não queríamos trocar nenhuma palavra, já que estávamos tão preocupados com que o que poderia ter acontecido com nossa família. Por outro, o lugar era muito hostil, com buracos no chão, estalactites pelo teto inteiro, e a mais pura escuridão, que poderia abrigar qualquer tipo de mobs em suas sombras.
Seguimos o grupo de pegadas até duas torres de madeira em volta de uma abertura na rocha.
Joguei uma tocha lá dentro para iluminar o local. Era uma antiga mina abandonada. Alex foi na frente e me ajudou a descer. Minha perna ainda doía. Íamos lentamente, com medo de fazer barulho e atrair a atenção de algum mob que estivesse á dentro.
A descida era íngreme, e precisei usar as duas mãos. A gente revezava para descer e segurar as tochas. Enquanto isso, Lobo já estava lá em baixo, farejando tudo.
Iluminamos todo o salão assim que alcançamos o salão da mina abandonada. Havia trilhos de ferro acionados com pedras vermelhas e vários carrinhos. Alguns deles, cheios de minério de ferro.
Teias de aranha por tudo e vários objetos abandonados, como se tudo tivesse sido largado por ali às pressas.
"Precisamos andar com cuidado", disse Alex. "Deve estar cheio de monstros aqui em baixo".
Eu nem respondi, de tanto medo que tinha de abrir minha boca e atrair alguma coisa na nossa direção. Íamos andando com cuidado para não pisar em nada que fizesse barulho. A respiração praticamente presa.
Nossas tochas nem de perto iluminavam bem o ambiente, e era difícil de enxergar mais do que alguns blocos de distância, Andávamos sem saber do perigo que podaria estar espreitando e qualquer esquina, em qualquer buraco.
Quase caímos várias vezes, sem poder ver o chão a nossos pés, e a caverna nos levava cada vez mais para baixo.
Fomos procurar pistas nos carrinhos e baús espalhados pela mina, e nos perguntamos quem havia largado tudo aquilo para trás. Tinha muito ferro nos carrinhos, e Alex acabou pegando um pouco para ela.
"Não acha que é meio inútil pegarmos essas coisas e ficar carregando peso?", perguntei.
"Nunca sabemos se vamos precisar usar, coleguinha. Vou pegar um pouco do graveto também, podemos precisar de mais tochas."
A ajudei a guardar as coisas e fomos em frente. Houve um momento que Alex estancou onde estava e me segurou pelo braço. Ficamos ali parados, apenas escutando.
Eram estalos e gemidos, de esqueletos e zumbis. E estavam bem próximos.
Minha primeira reação foi querer sair correndo, mas mantive o foco em nossa missão. Desembainhamos nossas espadas e ficamos lado a lado, prestando atenção em cada pedaço de sombra da caverna.
Até que eles finalmente apareceram. Uma horda de mortos vivos marchando em nossa direção.
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O Diário de Steve
FanfictionNa vila onde Steve mora, todas os aldeões são incumbidos de uma tarefa, sendo membros importantes da sociedade. Porém, Steve não consegue descobrir uma única coisa que saiba fazer bem. No Diário de Steve, o leitor irá acompanhar a jornada de...