E começou minha aventura

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Me esgueirei para fora de casa, tomando todo cuidado do mundo para não ser visto. Fui me escondendo atrás de blocos de terra, de casas e plantações, até chegar no portão.

Assim que pisei na planície, corri em disparada, sem olhar para trás. O vento no meu rosto, a grama nos meus pés e a incerteza à minha frente. Aquele universo enorme me convidando para explorá-lo. O sol brilhando lá em cima, me fazendo esquecer por alguns instantes no perigo em que eu estava me metendo. Não, o mundo da superfície não era um lugar tão pacífico quanto eu queria acreditar, e logo precisaria enfrentar seus monstros e meus medos.

Será que dessa vez eu faria alguma coisa direito?

Quando já estava bem afastado e os blocos da vila já sumiam à distância, parei de correr e me sentei, arfando.

Precisava parar de duvidar de mim mesmo e continuar em frente. Aquilo não era apenas uma brincadeira de explorar, de me aventurar por aí. Era uma missão importante.

Mais importante que criar galinhas e vacas, que colher madeira ou colecionar minérios.

Meu pai dependia de mim, e se eu não pudesse ajudá-lo, ninguém mais poderia.

A floresta estava bem pertinho. Os troncos marrons e brancos se misturando no emaranhado de árvores. Um cavalo passeava perto de mim, despreocupado e desejei mais do que nunca saber montar. Aí poderia fazer tudo ainda mais rápido.

Mas precisava confiar em meus pés, então me levantei, espanei a terra da minha roupa, e segui viagem.

Tinha certeza de que aquele era o caminho que papai havia tomado. Ele sempre dizia que ia além da floresta quando ia fazer suas coletas.

Só esperava estar certo e não me perder ainda mais.

O Diário de SteveOnde histórias criam vida. Descubra agora