O reencontro

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Meu pai pareceu levar alguns instantes para perceber o que estava acontecendo.

O abracei com força e ele se abaixou para ficar da minha altura.

"Eles te pegaram também, Steve!", disse ele, desesperado.

"É claro que não! Eu vim aqui pra te salvar!"

"Do que você está falando?"

Ele me olhou com aqueles olhos verdes. Suas monocelhas se contorcendo, preocupado.

Mais uma vez percebi a diferença entre ele e eu, e o quão parecido eu era com Alex e a maioria dos outros adultos ali presentes. Lá na vila, todos eram como meu pai. A não ser eu.

Não quis pensar muito naquilo, e me ocupei de matar a saudade que eu estava dele. Até que Alex e sua mãe vieram até nós. Ela e a mãe eram idênticas, com o cabelo e os olhos iguaizinhos.

Nos apresentamos rapidamente e Alex abriu a mochila, espalhando o que tínhamos ao chão.

Todos os adultos presentes formaram uma roda em volta de nós. Estavam admirados que duas crianças puderam chegar até ali e ainda juntar todas aquelas provisões pelo caminho. Eles pareceram imediatamente melhores, com a perspectiva de ter uma esperança para fugir daquele lugar horrível.

Tínhamos tudo que precisaríamos para escapar. Material suficiente para criar espadas e dinamites para explodir a porta da prisão. Só precisávamos nos unir e criar um plano. A centelha de esperança em cada um dos presentes, brilhando nos corações de pixel.

O Diário de SteveOnde histórias criam vida. Descubra agora