Agarrei minha perna e dei um grito, mas ninguém se comoveu com meu desespero. Saltitei para fora da lagoa, sentei de pernas cruzadas e comecei a jogar água no ferimento.
"É só um arranhão!", argumentou Alex, mas tudo o que eu via não era um arranhão. Era um buraco gigantesco no meio de minha perna. Exageros à parte, até que não doía tanto.
Minha companheira bufou, se ajoelhou do meu lado e arrancou um pedaço da minha camiseta, usando a tira de tecido para estancar o sangue e fazer um curativo. Fiquei apenas um pouco mais aliviado.
Lobo agia como se nada demais tivesse acontecido, e cheirava tudo despreocupado. Já Alex, decidiu que eu já estava bem o bastante para voltar a brigar comigo por termos caído ali.
"Eu juro que tinha mato em volta do precipício, Alex! Não vi nada!"
"Tanto faz, agora já é tarde demais pra isso. Precisamos achar um jeito de voltar lá pra cima antes que escureça."
Alex me ajudou a ficar de pé e começamos a explorar as paredes da ravina, atrás de um local que pudéssemos escalar. Caso não encontrássemos nada, precisaríamos fazer uma escada nós mesmos, esculpindo as rochas com a picareta.
Nas paredes altas da ravina, podíamos ver vários veios de mineiros de carvão e ferro, e tinha certeza de ter visto ouro. Mas nenhum local parecia bom o suficiente para começarmos uma escalada. Pelo menos, nada que fosse rápido.
Já estávamos começando a temer a noite quando Lobo começou a latir. Ele se virou em nossa direção, lá no fundo do caminho, e latia como se para chamar nossa atenção.
Corremos até ele e vimos o que se tratava.
Alex foi na minha frente, se agachando do lado de Lobo e segurando um objeto nas mãos. Era uma espada de ferro, com o cabo enrolado por couro.
"É a espada da minha mãe!", disse ela.
"E a de meu pai", eu respondi, ao ver logo em frente, a espada que ele costumava carregar.
Lobo partiu em disparada e nós fomos atrás, mas paramos de chofre ao chegarmos numa área encoberta por sombras. Lobo foi em frente.
"Está muito escuro ali", eu disse, observando a caverna. Até lobo havia sumido lá dentro na escuridão.
"Lobo!", gritou Alex, e o animal latiu em resposta.
"Precisamos entrar", eu disse. Ela concordou, tirando algumas tochas de sua mochila e me entregando uma delas.
As acendemos e fomos passo a passo para dentro da caverna, brandindo as tochas para os lados, tentando enxergar tudo a nossa volta.
No centro da caverna havia os restos de um acampamento. Uma fogueira, restos de comida e blocos de madeira esculpidos para formar cadeiras.
"Eles estiveram aqui", Alex se aproximou e encostou na lenha da fogueira. "Ainda está quente. Devem estar próximos".
Assenti com a cabeça, com medo de admitir o que meus olhos estavam vendo. Não parecia ser o acampamento de dois adultos, mas sim, de algum mob hostil. A comida do lado da fogueira parecia ser feita de carne de zumbi, que não poderia ser ingerida por pessoas.
Além disso, havia vários grupos de pegadas no solo, e a maioria delas, era de pés enormes.
Alex pareceu reparar naquelas mesmas coisas, mas não trocamos palavras sobre o assunto. Como se omitir aquele nosso medo nos fizesse sentir melhor.
Mas na verdade, eu sabia que ela deveria estar com mesmo mal estar na barriga que eu.
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O Diário de Steve
FanficNa vila onde Steve mora, todas os aldeões são incumbidos de uma tarefa, sendo membros importantes da sociedade. Porém, Steve não consegue descobrir uma única coisa que saiba fazer bem. No Diário de Steve, o leitor irá acompanhar a jornada de...