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Ele saiu andando e eu o segui, caminhamos pela casa até chegarmos a uma porta de madeira, ele abriu a mesma e deixou aberta para que eu entrasse.
— Fecha a porta.
Segurei na maçaneta da porta, fechando-a.
— Bom, tinha boas recomendações suas. Você sabe de quem. Sem mais enrolação, eu preciso de alguém que vigie minha mulher vinte quatro horas por dia. Preciso que você me faça um relatório de tudo que ela faz, com quem ela se encontra, o que ela fala. Tudo. — ele rescostou em seu cadeira de couro almofodada — O salário já conversamos, e acredito que seja do seu agrado já que está aqui.
— Só preciso fazer isso? — perguntei com desdém.
Qual foi?! Meu trabalho seria ficar atrás de mulher? Se eu não estivesse precisando tanto, eu pularia fora.
— Já que para você parece pouco trabalho, não aceito erros. — disse sério e frio — Um passo que ela der, e eu não ficar sabendo, você está fora.
— É um trabalho que eu dou...
Fui interrompido pelo barulho da porta se abrindo e uma mulher entrou pela porta.
Que mulher! Puta que pariu! Ela estava usando vestido vermelho, estava extremamente sexy, sabe aquele tipo de mulher que não precisa nem encostar no homem para deixa-lo com ereção dentro das calças? Ela era esse tipo de mulher.
Ele levantou e seguiu andando até a mesma.
— Essa é minha esposa, Betina Miller.
Ele esticou a mão para ela, e ela segurou em sua mão e a beijou, ela deu um sorriso e me encarou, ela me deu uma olhada de cima a baixo. Porém, eu permaneci com meu rosto frio, seco, sem emoções boas.
— E ele quem é? — ela perguntou ainda me olhando disfarçadamente.
— Tobias... Tobias Carter, seu novo segurança pessoal.
Pelo seu rosto ela não gostou muito da ideia, mas por mim foda-se, não estou aqui para agrada-la.
— Você que dizer, meu novo cachorrinho pessoal? — ela arqueou sua sobrancelha, e me varreu com seus olhos.
Sabe quando a mulher tem cara de encrenca? Mas aquelas encrenca bem fudida? Essa é a cara da da vadia Miller. Sei que essa paradas de intuição é coisa de mulher, mas algo me diz para ficar longe, bem longe dessa mulher.
— Sua roupa é aquela ali, — ele apontou para um smoking preto pendurado, junto com uma calça e uma gravata borboleta — assim que ficar pronto nos encontre na sala.
Sem responder e muito menos esperar eles saírem, segurei na borda da minha camisa e levantei-a, tirando e colocando na cadeira. Betina, me deu uma última olhada para meu abdômen para ser mais realista, antes de seu marido tira-la do escritório. Tirei a calça jeans, e coloquei a calça preta social, vesti a camisa branca de manga, abotoei todos os botões e coloquei o smoking por cima. Eu odeio usar essas roupas! Ajeitei a gravata, calcei os sapatos e saí do escritório, caminhei até a sala e o cara que me recebeu estava parado no meio da sala, com uma roupa igual a minha.

Felicidade ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora