Felicidade Clandestina

19:

  Minha sorte que Pierre estava viajando, pois fiquei dois dias de cama, tive que chamar um médico e dizer o que aconteceu, fiz ele prometer que ia ser sigilo o assunto. Ele disse que o fiz era arriscada, que eu poderia dá problema no meu útero, que eu até poderia ter câncer. Deus me livre! Ele disse para não repetir esse ato, que eu deveria procurar um médico.
Já estava me sentindo melhor, minha barriga já não estava mais dolorida, eu não estava mais com febre, e meu corpo não estava mais sem vontade de nada. Levantei da cama, saí do quarto de pijama mesmo, como eu estava doente, e o Pierre não estava dormindo comigo, eu estava com uma pijama qualquer, nada sexy.
Encontrei Tobias parada na porta enfrente ao meu quarto.
— Estou indo almoçar. — disse e ele ergueu o rosto encarando-me.
Assentiu e me seguiu até a cozinha, pedi a empregada para servir o almoço, e caminhei até a mesa, sentando-me.
— Senta e almoça comigo. — disse e o mesmo olhou-me surpreso.
— Achei que estava com raiva de mim. — disse arqueando uma de suas sobrancelhas.
— Ainda estou. Só que almoçar sozinha nessa mesa enorme, é meio depressivo. — dei de ombros.
A empregada trouxe a comida, e eu pedi ela para trazer outro prato, Tobias sentou-se na mesa, assim que ele teve seu prato, ele se serviu. Ele tinha educação zero para comer, classe nenhuma, pegava o garfo de um jeito bruto.
— Você me chamou para almoçar com você ou para ficar me analisando? — ele perguntou encarando-me.
Eu não tinha prestado atenção, que eu estava parada olhando para ele. Não respondi nada, só prestei atenção na minha comida, e comi o que eu consegui comer, ainda estava um pouco enjoada.
— Eu não sei porquê. Mas sinto que posso confiar em você. — disse e ele me olhou sem entender — O Pierre já deixou um carro né? — ele assentiu — Vou me arrumar, e quero que você me leve em um lugar, mas ele não pode saber.
— Essa coisa de fazer fofoca é pra mulher, relaxa. — deu de ombros, e levou a última garfada com comida em sua boca.