Felicidade Clandestina

51:

  Já havia anoitecido, eu não estava me sentindo bem, meu corpo estava doendo, minha cabeça estava pesando, e se eu não estou errado estava um pouco com febre.
— Eu vou dormir um pouco Matt, — avisei — se precisar de mim, só me chamar.
— Relaxa, vai lá.
Assento e fui até "minha" cama, deitei, puxei o edredom e me cobri, estava com muito frio. Não demorei a fechar os olhos e dormir.
Senti algo no mexendo no meu cabelo, abri meus olhos devagar e eram mãos, estava escuro, me mexi na cama e olhei para cima. Para minha surpresa era Betina, achei estranho pra caralho.
— Eu não queria te acordar. Matt disse que você não estava bem. — disse nervosa.
— Relaxa, — disse — só estou com um pouco de dor de cabeça.
— Eu trouxe chá e um remédio, você está com febre. Pode ser gripe. — falou.
Ela estava nervosa, envergonhada, e mais algumas coisas. Assenti, e sentei na cama, ela me deu o comprimido e a caneca com chá, tomei o mesmo, o líquido era totalmente amargo, mas desceu.
— Obrigado. — agradeci.
— Nada. — ela levantou da cama rápido — Vou deixar você dormir.
— Por que você está aqui? — perguntei.
Ela não se importa com ninguém a não ser ela, porquê sairia lá do quarto dela, vim até aqui, para me trazer chá?
— Não sei. — disse e suspirou — Eu vou para meu quarto.
— Boa noite. — falei.
Ela assentiu e saiu do quarto quase correndo. Ou ela é louca, ou alguma coisa tem. Meu mau é esse, deaconfio demais das pessoas. Deitei novamente, fiquei olhando para teto pensando em algumas coisas, pensei até onde o filho da puta do Mike deve estar. Será que a mãe da Lola está com ele? Outra que é é uma filha da puta. Acabei sorrindo lembrar da Lola, sinto falta dela.
Mas não Tobias. Chega de ficar iludindo a garota. Ela já passou por merda demais, pra ficar sofrendo por minha causa.