Felicidade Clandestina

30:

Senti um peso sobre meu peitoral, abri meus olhos devagar, e senti algo errado na minha mão, olhei para mesmo. Infelizmente lembrando que aquilo tudo foi real, tentei não lembrar da imagem do Mike com a Lola, mas isso estava ficando um pouco impossível. Olhei um pouco para baixo, e deparei com a Betina nua, enrolada em mim. Passei meus olhos ao redor, e notei que estávamos no chão, na realidade encima do tapete. Ah sim! Transamos no tapete, e estávamos cansados demais para se levantar. Tentei levantar, sem acorda-la, mas foi em vão, primeiro movimento que eu fiz ela abriu os olhos.
— Bom dia.
Disse se levantando, e sentando-se sobre o tapete. Levei minha mão até meu cabelo, baguncei o mesmo um pouco.
— É... Bom dia.
Levantei do chão e comecei a procurar minhas roupas, as poucos fui achando. Em instantes eu já estava vestido, inclusive com minha camisa toda suja de sangue.
— Quer conversar? Digo... O que aconteceu ontem com você.
Ela estava meio perdida, envergonhada talvez. Fiquei surpreso, nunca tinha visto assim.
— A noite foi ótima. Mas isso não significa que vamos virar melhores amigos.
— OK.
Ela disse e levantou-se da cama indo para o banheiro. Acho que fui grosso demais.
— Foi mal... — ela parou na porta do banheiro e me olhou — Eu não estou muito bem, enfim.
— Tudo bem. Não ligo.
Ela deu de ombros, e forçou um sorriso. Que droga! Me deu vontade de beija-la novamente. Caminhei em sua direção, e fiz o que eu estava com vontade, no final do beijos estávamos os dois sem fôlego, e ela queria sorrir, mas ela tentou segurar o máximo possível. Não disse mais nada, apenas virei as costas e sai do quarto.