Felicidade Clandestina

37:

  Andy Narrando.

— Peter, o que foi? — perguntei impaciente — O Luke está me esperando.
— Eu achei que você não estava saindo com ele mais. — ele disse um pouco confuso.
— Ah! Ele só estava com medo do Tobias, — dei de ombros — agora ele quer conversar.
— Andy, eu preciso conversar com você. — disse firme e sério.
— Agora Peter? Sério?! Tem que ser justo agora?
— Tem...tem que. — gaguejou — Eu... Eu... Eu não quero que você saía com o Luke. — disse como se tivesse segurado isso por dias.
Fiquei sem reação. Olhei para ele sem entender.
— Peter, você é meu melhor amigo. Mas isso não diz que você tem o direito de se meter na minha vida. — disse irritada.
— Cala boca e me escuta, — ele quase gritou e isso me assustou. Nunca vi o Peter assim — eu não quero que você saia com o Luke. Mas não é porquê eu quero me meter na sua vida, é porque eu quero sair com você.
— Porra Peter! A gente saí outro dia.
Ele rolou os olhos e aproximou-se de mim.
— Andy, eu só estou querendo dizer. Que eu não quero você com garoto nenhum, porque eu quero que você seja minha, e não é como minha melhor amiga antes que você fale isso.
Eu estava assustada. Eu passei minha adolescência inteira, querendo ouvir isso. Mas Peter sempre foi na dele, nunca deixou nunca perceber o que eu sentia era totalmente recíproco. Eu estava parada feito uma retardada, encarando-o.
— Fala alguma coisa Andy.
Ele estava nervoso. E eu estava assustada. Ele resmungou um "foda-se" e se aproximou, levando sua mão na minha nuca, e sim, ele me beijou, demprei alguns segundos para retribuir, eu ainda estava meio lerda.
— Andy?! — uma voz chamou-me.
Peter separou nossos lábios, e nós dois olhamos em direção de onde veio a voz. Era o Luke.
— Luke eu...
— Você está me tem trocando, por esse nerd? — ele gritou.
— Sim, ela está. O nerd aqui é homem suficiente para enfrentar o que for para ficar com ela, mesmo que seja o Tobias. O nerd aqui não se borra inteiro, quando o irmão da bota para correr.
Peter disse irritado, e eu estava muito surpresa, ele nunca tinha enfrentado o Luke. Nem mesmo quando Luke, o zoava, ele sempre abaixava a cabeça, e fingia que não foi com ele.
— Luke eu não posso...
Ele não deixou eu terminar de falar, murmurou um "vadia" e saiu pisando firme.
— Eu acho que usei toda coragem da minha vida inteira hoje.
Peter disse soltando um suspiro, e passando os braços pela minha cintura.
— Eu não acredito que isso está acontecendo. — sussurrei e ele riu.
— Nem eu.
Passei meus braços pelo seu pescoço, e nos beijamos novamente.