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  Descobri no dia seguinte que não poderia ir para casa, teria que dormir naquela casa, na realidade era uma casa ao lado. Onde todos os seguranças dormiam, comiam e essas coisas. Tirei um cochilo de três horas, e depois deveria estar de volta a ativa. Caminhei até o banheiro, tomei um banho demorado, enrolei a toalha na minha cintura e abri a porta do banheiro dando de cara com a vadia Miller.
— Nossa! — mordeu o lábio inferior olhando para meu abdômen, ergueu seu rosto e encarou-me — Preciso ir no shopping, já que não posso sair sem você, vamos logo.
— Em dez minutos, estarei pronto. — disse frio.
— Odeio atrasos. Realmente esteja pronto em dez minutos.
Eu não sei por quanto tempo aguentaria, recebendo ordens de mulher. Só aguenta uns meses Tobias. Pela Andy, pela Mia, aguente só um pouco. - meu subconsciente dizia para mim. Assim que ela virou as costas seguindo seu caminho, eu fui para onde estavam minhas coisas. Me vesti todo de preto, e peguei um óculos escuro, saí da casa e fui até a mansão, Betina estava sentada no gigante sofá mexendo em seu celular.
Assim que ela sentiu minha presença na sala, olhou para trás e se levantou.
— Pontual, gostei disso. — sorriu e colocou seus óculos escuros, levatando-se e saindo pela porta principal.
Respirei fundo, estalei meu pescoço e tentei manter minha paciência. Estava difícil. Muito difícil. Caminhei até o carro preto, e ela já estava no banco traseiro, sentei ao lado do motorista.
— Rob, passe na Lind e depois siga para o shopping. — ordenou, e o Rob apenas assentiu ligando o carro e colocando o mesmo em movimento.
Não há palavras que possam explicar como foi minha tarde. Horrível talvez?! Não, ela é muito insignificante perto do que é passar uma tarde inteira andando atrás de duas garotas fúteis, comprando sem parar.
"Você precisa do dinheiro." repetia isso em minha mente como um mantra. Já estávamos de volta ao carro.
— Comprei para você. Deve estar com fome. — Betina disse estendo a mão que segurava um saco de papel marrom.
Realmente eu estava com muita fome.
— Obrigado. — perguei o saco de sua mão, e abri o mesmo.
Não era uma comida que eu precisava agora. Mas já dava para diminuir minha fome. Era hambúrguer do Mc Donald, devorei o mesmo no caminho, não me importava que tinha outras pessoas no carro me olhando como se eu estivesse comendo feito um bicho, realmente não me importava. Eu estava o dia inteiro sem comer porra nenhuma.  

Felicidade ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora